quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Prefeitura de Mauá realizará audiência pública para o transporte municipal

Processo licitatório deve iniciar após o debate público.
(Fonte da imagem: Busologia Total - Marquinhos Ddm)
MAUÁ VIRTUAL: A Prefeitura de Mauá divulgou nesta terça-feira (28/01) que a gestão do prefeito Donisete Braga (PT) promoverá audiência púbica na cidade, para apresentar o plano de reformulação do sistema de transporte público. A assembleia será realizada no dia 12 de fevereiro (uma quarta-feira), a partir das 10 horas, na Câmara. De acordo com o secretário de Governo, Edilson de Paula, a ideia é tornar público os principais pontos do processo licitatório. “Nosso objetivo é informar os munícipes sobre o benefício das mudanças, as melhorias no sistema, além de investimentos em abrigos, terminas e ponto de ônibus. Será uma licitação para concessão de 15 anos, uma das maiores que a cidade já realizou”, disse.

No final do ano passado, a Prefeitura obteve respaldo jurídico para afastar do sistema as concessionárias Leblon e Cidade de Mauá, que foram declaradas inidôneas pela administração. As empresas tentam se manter na operação com recursos judiciais, mas a Prefeitura entregou a operação para a Suzantur, contratada de forma emergencial.
Não foram citados valores da concessão, mas o secretário garante que o município não terá ações dispendiosas durante o processo de renovação. “A Prefeitura não irá gastar, já que a empresa vencedora terá que realizar os investimentos, além de garantir contrapartida financeira à administração pela exploração do serviço”.


Por: Daniel Santana

Viale BRT ganha prêmio internacional de design

Ônibus Marcopolo Viale BRT recebe premiação internacional de design. Desenho moderno e que passa a sensação de bem-estar aliado com praticidade, conforto, economia e segurança foi fundamental para o prêmio que será entregue na semana de Design em Munique, na Alemanha.
(Fonte da imagem: Divulgação)
ADAMO BAZANI – CBN: Quando se fala em design o assunto não é apenas beleza. Mas é aliar um aspecto que dê a sensação de bem estar e seja adequado para a função de determinado produto.
No caso do transporte coletivo, as principais necessidades de empresas e passageiros são praticidade, facilidade de manutenção, conforto, sensação de modernidade e economia operacional.
Os impactos ambientais para a produção e operação dos veículos e a segurança são itens fundamentais também.
E o corpo de jurados Prêmio iF Product Design Award 2014 viu estas características no modelo urbano Viale BRT da empresa brasileira fabricante de carrocerias, Marcopolo.
No dia 28 de fevereiro, a empresa vai receber o prêmio da categoria Transportes, na Semana de Design de Munique, na Alemanha.
O gerente corporativo de Design da Marcopolo, Petras Amaral, em nota à imprensa, atribuiu o prêmio ao trabalho de toda a equipe do “Marcopolo Design Center” e disse que a premiação é uma prova de que o modelo está no caminho certo das tendências mundiais.
Na nota, a Marcopolo destaca o que considera ser diferenciais no Viale BRT:
“O veículo tem exclusivos conjuntos óticos dianteiro e traseiro em LEDs, que garantem melhor iluminação e reforçam a identidade da marca. O projeto visual da traseira do Viale BRT envolveu, igualmente, desenho inovador para o segmento, com destaque para o conjunto ótico, pára-choques e tampa posterior. As novas lanternas e sinalizadores de direção com LEDs ampliam a visibilidade e a segurança, além de distinguirem o Viale BRT dos demais ônibus devido à sua iluminação vertical. Tem sistemas óticos externos em LEDs na dianteira e traseira, sendo o primeiro o primeiro ônibus brasileiro a oferecer luzes diurnas. Pode vir equipado com GPS, TV digital, câmeras de segurança e vigilância, como em aviões, computador de bordo com rota em tempo real e informações de parada.”
Ainda segundo a Marcopolo, “O iF Design Award 2014 contou com mais de 4.600 inscrições de 55 países e agracia anualmente aproximadamente 100 projetos em 17 categorias. Com o objetivo de reconhecer produtos inovadores e com ganhos reais para os consumidores, o iF Design confere um selo de qualidade para as empresas premiadas. Concedido desde 1953, a premiação é promovido e organizado pelo iF International Forum Design (iF) e reconhece os principais projetos mundiais de produtos fabricados dos mais diversos setores.”
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

Primeiro Comil de Lorena vai para a Samaúma, para Belo Monte, no Pará

Comil entrega à empresa de fretamento Samaúma Locadora, primeira unidade de ônibus modelo urbano comercializado pela planta de Lorena, no interior de São Paulo. Unidade fica em ponto estratégico para atender diversas regiões e é especializada em modelos urbanos como o Svelto e Svelto Midi.
(Fonte da imagem: Lucas Lacaz - Agrovale)
ADAMO BAZANI – CBN: A fabricante de carrocerias de ônibus Comil apresentou nesta quarta-feira, dia 29 de janeiro, o primeiro veículo produzido e entregue comercialmente pela nova planta da marca, em Lorena, no Interior de São Paulo.
O modelo é um Comil Svelto sobre chassi Volkswagen/MAN 15.190 – Euro V para a empresa Samaúma Locadora, do Pará. A companhia encomendou cinco unidades que serão feitas na planta de São Paulo. Mas a Samaúma é cliente já da Comil, possuindo cerca de 100 veículos da encarroçadora.
Os novos veículos vão ser usados para o transporte de trabalhadores da Usina de Belo Monte no município de Altamira, onde a Samaúma é considerada uma das maiores empresas de fretamento.
O Svelto apresentado na cerimônia que marca o início das atividades comerciais da fábrica no Estado de São Paulo tem 46 lugares do tipo urbano encosto alto, iluminação por lâmpadas de LED e acesso único na parte dianteira do veículo.
A planta da Comil em Lorena foi inaugurada em 14 de dezembro de 2013 e é dedicada exclusivamente para a produção de ônibus urbanos da marca.
Com isso, a unidade sede em Erechim, no Rio Grande do Sul, se dedica aos modelos rodoviários, ampliando na prática em 100% a capacidade de produção de urbanos e de ônibus para viagens em estradas.
Os ônibus urbanos mais complexos, como o Comil Doppio BRT, ainda serão feitos na unidade gaúcha.
Além de atender o aumento de participação da Comil nos dois seguimentos, urbanos e rodoviários, preparar a marca para o crescimento esperado do mercado em geral, com novos investimentos em mobilidade e expansão do setor de turismo, a planta em Lorena é estratégica do ponto de vista logístico.
Por exemplo, a “primeira compradora de um ônibus de Lorena” é uma empresa do Pará.
Às margens da rodovia Presidente Dutra, a planta entrega mais facilmente e com menos tempo de deslocamento e custos menores ônibus para todo o País.
A Volkswagen/MAN, produtora do chassi do primeiro modelo comercializado em Lorena, fica em Resende, no Rio de Janeiro, relativamente próxima a planta.
Outras fabricantes de chassi, como Mercedes Benz e Scania, ambas em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, também ficam mais próximas da cidade do Vale do Paraíba, interior de São Paulo.
Foram investidos, segundo a Comil, R$ 110 milhões na planta que possui uma área de 210 mil metros quadrados. A unidade gera 500 empregos diretos e outros mil indiretos. Já a planta de Erechim emprega 2 mil 800 pessoas.
Em nota à imprensa, o diretor da Comil, Silvio Calegaro, fala das inovações tecnológicas na nova planta.
“Este ônibus representa o início de uma nova fase, tanto para nós da Comil quanto para o mercado de transporte e à cidade de Lorena. Temos aqui um movimento de inovação que, somando tecnologia de ponta e um altíssimo padrão de qualidade, propõe o desenvolvimento e a inquietação na busca pelo melhor”, comenta Silvio Calegaro, CEO da Comil.
Responsável pela venda à Samaúma, o representante da Comil no Pará, Mauro Costa, se diz orgulhoso por entregar o primeiro ônibus 100% fabricado em Lorena. Segundo ele, a nova planta já conquista a atenção de clientes e parceiros no mercado, tornando possível a projeção de bons negócios pela frente. “Nossas expectativas são as melhores possíveis e podemos dizer que a Comil está estreando uma ótima fase em sua história, com um passo enorme para o crescimento da marca e um pioneirismo com a proposta da nova planta. O mercado com certeza responderá a esse investimento pelo fato da logística de repasse dos chassis e a melhoria no prazo de entrega das carrocerias Svelto”.
O gerente de Negócios Urbanos da Comil, Rodrigo Montini, afirmou, também na nota, que a planta em Lorena amplia a oportunidade de novos negócios e permite um atendimento “diferenciado e único” para o mercado de ônibus urbanos.
Entre rodoviários e urbanos, a Comil produz atualmente os seguintes modelos:
Rodoviários: Campione DD, Campione HD 4.05, Campione 3.65, Campione 3.45 MD, Campione 3.45 MT, Campione 3.25 e Versátile Gold;
Urbano: Svelto, Svelto Midi e Doppio BRT;
Micro: Piá Urbano e Piá Rodoviário;
Especiais: Piá Saúde, Piá Urbano Escolar, entre outros.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

Incêndio a ônibus: O Estado não tem cumprido seu papel!

Muitos ataques ocorrem em regiões onde acabaram de acontecer confrontos entre policiais e bandidos. Então, identificar estas áreas e agir preventivamente, uma das atribuições da Polícia Militar, não seria algo tão difícil. Diante disso, não seria omissão do Estado?
(Fonte da imagem: Blog Ponto de Ônibus)
ADAMO BAZANI – CBN: Já se aproxima de 40 o número de ônibus municipais queimados em São Paulo, desde o início de janeiro de 2014. No ano passado inteiro foram 53 veículos. Se forem considerados os ataques aos ônibus intermunicipais, que servem outras cidades, mas que passam pela Capital Paulista, já são ao menos 58 ônibus destruídos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo, os ataques prejudicaram neste ano, diretamente, ao menos 200 mil passageiros. Mas se forem considerados os efeitos sobre todo o sistema, o número pode ser bem maior.
Estes 200 mil passageiros correspondem à demanda que seria atendida normalmente caso estes cerca de 40 ônibus não fossem destruídos.
Muitas vezes, uma região em um só dia tem mais de um ônibus atacado. Por mais que as empresas tenham frota reserva, são necessários remanejamentos de veículos que estão em outras linhas, que passam também a contar com menos ônibus. Sendo assim, o número de prejudicados extrapola os 200 mil passageiros calculados pela Secretaria Municipal de Transportes.
Além disso, por questões de segurança, muitos itinerários não são realizados de maneira completa. Os ônibus chegam às proximidades dos locais mais perigosos e retornam.
Empresas de ônibus de São Paulo e autoridades de segurança pública estão constantemente reunidas para amenizar os problemas, mas até agora, a Polícia Militar, que deve ter uma ação preventiva, e a Polícia Civil, que deve investigar as ações, não realizaram grandes avanços.
E quem paga, é a população.
Este tipo de crime foi banalizado de uma tal maneira que qualquer fato é pretexto (e não motivo) para que um ônibus seja destruído.
Um traficante de drogas, um bandido ou qualquer outro criminoso morreu, logo aparecem ônibus queimados. Faltou água, luz, transporte, a prefeitura fez algo que desagradou a população, houve enchente, sempre há ocorrências de ônibus destruídos.
Muitas pessoas que querem aparecer na comunidade onde moram acabam organizando os ataques como autopromoção.
A impunidade é a grande aliada dos criminosos que atacam ônibus.
Poucas pessoas são presas, além de os ataques terem grande participação de adolescentes, que, por mais que queimem ônibus, matem e trafiquem, são blindados e protegidos pela lei.
A polícia apreende o menor (o politicamente correto impede os jornalistas de falarem prender, sob possibilidade até de processo) por queimar ônibus e logo em seguida, tem de soltar. Para comemorar, o “de menor” queima outro ônibus.
O medo por parte dos motoristas e cobradores é grande. Muitos, de maneira anônima, são feridos física ou psicologicamente.
Transportar pessoas é um ato de servir ao próximo.
Mas muitos profissionais que tinham verdadeiro gosto por este ramo, alguns vindos de famílias cujas várias gerações tiveram motoristas, dede o bisavô, agora têm medo de fazer o que gostam.
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, disse ao Portal G 1 que as policiais (civil e militar) estão se empenhando.
Segundo ele, são muitas as motivações aparentes em cada ataque. Mas ele não descarta que pode haver atuações de grupos criminosos disfarçadas de protestos populares.
“Nós não temos ainda uma definição, uma conclusão, acompanhamos as duas hipóteses. O setor de inteligência está procurando diagnosticar, mas eu não tenho ainda convicção, nós não temos elementos para formar uma convicção, se é mero movimento ou se é manifestação de elementos criminosos. Mas nós estamos atrás disso também, diagnosticar o que está por trás desses atos”, afirmou o secretário.
Um fato é certo. Para evitar os ataques, principalmente quando há grupos criminosos envolvidos, não é necessário ser grande estrategista em segurança.
Onde houve um confronto entre bandido e polícia, certamente vai haver um ataque. É neste local que a polícia tem de agir de maneira preventiva.
Essa é uma das incumbências da Polícia Militar.
Diante disso, de a PM não estar conseguindo prevenir os ataques onde todo mundo vai saber que pode acontecer de a Polícia Civil não identificar os criminosos depois dos ataques, não estaria o Estado sendo omisso?
E diante desta possível omissão, em não cumprir seu papel, o Estado então não deveria ser responsabilizado e indenizar empresas e passageiros de ônibus?
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

PPP do metrô que ligará o ABCD à capital será assinada em até 90 dias

É a primeira vez que o metrô abrangerá outras cidades além da capital.
(Fonte da imagem: Divulgação)
AGÊNCIA BRASIL: O governo paulista e o Ministério das Cidades assinaram nesta quarta-feira (29/01) um termo de compromisso para a construção da Linha 18 – Bronze do Metropolitano de São Paulo (Metrô). A obra, que terá um custo total de R$ 4,2 bilhões, ligará a região do ABC à rede metroferroviária já existente. É a primeira vez que o metrô abrangerá outras cidades além da capital. Estima-se que 314 mil passageiros usarão esta nova linha diariamente, beneficiando, principalmente, a população de São Caetano, Santo André e São Bernardo do Campo.

Na mesma ocasião, foi lançado o edital de concorrência internacional, por meio de Parceria Público-Privada (PPP), para as obras, operação e manutenção. O ganhador terá a concessão do trecho por um período de 25 anos. “Ganhará a licitação quem tiver a maior oferta de investimento, ou seja, que diminua a contraprestação do Estado”, explicou o governador Geraldo Alckmin. A proposta inicial é que metade do custeio seja bancado pela iniciativa privada, R$ 1,9 bilhão, e a outra parte seja arcada pelo governo paulista.

O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, que preside o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, avaliou que, embora esta iniciativa tenha demorado, ela será fundamental para melhorar a qualidade de vida dos habitantes da região.

“A Rodovia Anchieta, no início da manhã e final da tarde, mais parece uma avenida, pela quantidade carros que transitam. Essa obra vai encurtar muito o trajeto de milhares de pessoas”, apontou. Ele destacou que “enfim o metrô vai se tornar metropolitano”.

A nova linha do Metrô acrescentará 15,7 quilômetros e 13 novas estações à rede. Contará com 26 trens, um pátio de estacionamento, manobras e manutenção de trens, além de três terminais de integração intermodal, a serem construídos pela prefeitura de São Bernardo do Campo. O trem funcionará com o sistema de monotrilho, que funciona com energia elétrica e se movimentam com pneus, o que torna a movimentação silenciosa e ambientalmente correta. O governo estadual espera que em um prazo de 90 dias para assinar o contrato da PPP. A partir dessa etapa, a concessionária terá até seis meses para iniciar as obras do emprendimento.. A previsão de entrega é 2018.

O governo federal financiará a obra com R$ 400 milhões com recursos do Orçamento Geral da União e R$ 1,2 bilhões de financiamento público com juros subsidiado. “Falamos em grande cifras, mas elas só tem sentido quando se refletem na mudança de vida dos cidadãos. Falar em mobilidade urbana é promover qualidade de vida para a pessoas”, declarou o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que esteve presente na solenidade de celebração do convênio. Ele considerou a opção pelo monotrilho positiva, pois evita que sejam feitas  um grande número de desapropriações.

Fonte: ABCD Maior

Por: Daniel Santana

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Galeria: Caio Apache Vip II, 3 Portas, Suzantur Mauá, fazendo a linha 142 - Luzitano

(Fonte das imagens: Ônibus e Curtição)
Antes da pintura branca, assim que chegaram na cidade:
(Fonte da imagem: Grupo TRA)

Novo marcador. já que essa novela tá demorando pra acabar>> http://goo.gl/X4cM76

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

STJ retoma licitação de duas mil linhas interestaduais pela ANTT

STJ determina que seja realizada licitação de linhas interestaduais de ônibus
Instância suspende liminar do TRF que impedia o certame de cerca de duas mil linhas gerenciadas pela ANTT.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI – CBN: O STJ – Superior Tribunal de Justiça determinou que a licitação de aproximadamente duas mil linhas de ônibus interestaduais gerenciadas pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres seja retomada.
Na quarta-feira, dia 22 de janeiro de 2014, o presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Dipp, suspendeu a liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que, a pedido do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo (Setpesp), impedia a concorrência pública. A informação, no entanto, só foi divulgada nesta segunda-feira, dia 27 de janeiro.
O presidente em exercício do STJ entendeu que o prazo de 50 dias dado pela ANTT para as empresas e interessados se manifestarem sobre o edital foi “mais que suficiente” e que se a licitação continuar sendo impedida de prosseguir há risco de “grave dano à segurança pública e à ordem pública e econômica, se destacada a relevância e a importância estratégica dessa parte da ação governamental voltada ao desenvolvimento do país e ao crescimento da economia”.
Desde 2008, o governo federal, que lançou o Propass Brasil, o plano para licitação, e as empresas de ônibus travam uma verdadeira queda de braço sobre o tema,
Nos mais recentes capítulos, representadas pelos Setpesp, sindicato das empresas em São Paulo, as companhias de ônibus conseguiram impedir o andamento da licitação, cenário que mudou com a decisão de Gilson Dipp.
Em 11 de outubro de 2013, o Setpesp teve o pedido de liminar para impedir a licitação negado pela primeira instância da 21ª Vara Federal do Distrito Federal.
O Setpesp recorreu ao Tribunal Regional Federal.
Em 18 de dezembro de 2013, o juiz Jirair Miguerian, do TRF, aceitou a argumentação das empresas de ônibus de que como o edital foi colocado pela ANTT a lei de licitações estava sendo contrariada. As empresas alegaram que não foi respeitado o tempo para manifestações em relação ao edital.
A ANTT e AGU – Advocacia Geral da União – entraram com recurso e na quinta-feira, passada, o STJ derrubou a liminar que favorecia as empresas de ônibus.
A licitação divide o sistema de transportes rodoviários interestaduais em 54 lotes e 16 grupos, vai exigir idade máxima de 10 anos dos ônibus e GPS na frota.
As empresas dizem que o governo federal não “ouviu o mercado”, que se formou em 70 anos, “regido pela necessidade de deslocamentos dos passageiros” e temem “desmantelamento de uma estrutura que é aprovada pela população”
Dimensão e características da frota, divisão das áreas de operação, taxa de ocupação dos ônibus e distribuição das linhas estão entre os principais pontos sem acordo entre viações e ANTT.
O governo federal alega que a licitação vai modernizar a frota, os serviços e vai distribuir melhor o mercado. A empresa que assumir uma linha muito lucrativa tem de operar também um serviço com menos retorno financeiro, mas de interesse social.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

sábado, 25 de janeiro de 2014

Galeria: Protestos em Mauá por melhor trasporte público

Como foi combinado nas redes sociais, o protesto contra o péssimo transporte público de Mauá, que ficou critico após a substituição da empresa de ônibus Leblon pela Suzantur nas linhas do lote 2 da cidade. O protesto ocorreu esta tarde em torno das 15:30hs, iniciando-se junto ao relógio do calçadão de Mauá e depois se deslocando até a Praça da Bíblia. Durante a manifestação era cobrado pelos protestantes um transporte de qualidade, o que não inclui a empresa Suzantur. O protesto foi pacifico. Vejam as fotos exclusivas do protesto:
(Fonte das imagens: Marquinhos Ddm)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

“Não desistimos de operar em Mauá” – diz diretor da Leblon

Empresa está sem operar desde 29 de dezembro e sem condições financeiras e anunciou que vai rescindir os contratos dos funcionários. Diretor da companhia diz que empresa continua lutando para ficar na cidade e que dependendo da decisão do judiciário pode recontratar os trabalhadores.
(Fonte da imagem: Ônibus e Curtição)
ADAMO BAZANI – CBN: Após anunciada como certa a desistência da Leblon de operar o lote 02 dos transportes de Mauá, na Grande São Paulo, a diretoria da empresa disse nesta quinta-feira, dia 23 de janeiro de 2014 que a intenção da companhia é continuar operando na cidade.
“Não desistimos de Mauá e vamos continuar pleiteando na Justiça o direito que conquistamos de operar na cidade” – relatou um dos diretores da companhia, Ronaldo Isaak.
A Leblon já fez, no dia 22 de janeiro, o comunicado de rescisão trabalhista de todos os funcionários.
A empresa diz que desde quando foi impedida de operar pela prefeitura em 29 de dezembro de 2013 as receitas foram “extremamente” prejudicadas, não havendo condições de manter os salários.
“Tivemos uma atitude responsável. Chamamos os funcionários e vamos pagar todos os direitos como a lei determina. Mas dependendo do parecer da justiça, vamos recontratar todos que quiserem. O problema é que não sabemos quando sairá o parecer da Justiça sobre o caso” – complementou Ronaldo Issak em entrevista por telefone.
No final do ano passado, a prefeitura retirou a empresa de circulação através da interpretação de um parecer do Superior Tribunal de Justiça.
Para a prefeitura, o STJ recomendou que fosse seguida decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de 18 de novembro que derrubou o mandado de segurança que garante as operações da Leblon na cidade.
Mas o ministro Félix Fischer, do STJ, não se referiu sobre qual decisão do TJ deveria ter sido seguida.
Para a Leblon, é válida a mais recente decisão do TJ, do então presidente Ivan Sartori, que em 19 de dezembro reafirmou ordem do desembargador Evaristo dos Santos que reestabeleceu o mandado de segurança para a companhia de ônibus.
Para descredenciar a Leblon e a Viação Cidade de Mauá, a prefeitura alega que as duas empresas consultaram sem autorização dados da bilhetagem eletrônica do município.
Mas um parecer da corregedora-geral de Mauá, Thais de Almeida Mianna, de 27 de junho, acatou a argumentação das empresas de que elas foram treinadas e autorizadas pela prefeitura para fazerem as consultas.
Ela recomendou a realização de uma nova sindicância, o que foi ignorado pelo prefeito Donisete Braga.
Para substituir as empresas, a prefeitura contratou de maneira emergencial a companhia Suzantur em outubro do ano passado.
Movimentos sociais da cidade dizem que a sindicância foi uma manobra para a retomada do monopólio dos transportes na cidade que por 30 anos pertenceu ao grupo de Baltazar José de Sousa e afirmam que documentos comprovam a ligação da companhia emergencial com empresários relacionados ao grupo de Baltazar.
A prefeitura nega e diz que quer estabelecer um novo modelo de transportes na cidade para melhorar a mobilidade.
No início do ano, o desembargador Evaristo dos Santos encaminhou a análise da causa ao pleno do TJ – São Paulo. Mas não há data para o julgamento.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

Nova cor da Suzantur, e um pouco da verdade do que acontece em Mauá

Após começar a pintar seus ônibus de Branco Suzantur tem cor própria.
(Fonte da imagem: Tiago Liberato MZIII - Ônibus Brasil)
DANIEL SANTANA - BT: Parece que a Suzantur agora está investindo bastante em pintura, começou a pintar seus ônibus da cor branca, e agora criam sua própria cor.

A cor não é feia, é também ficou melhor do que a simples da Viação Cidade de Mauá. Mas apesar disso os cidadãos da cidade sabem que a Leblon que fazia o lote 2, já era bem evoluída, e que não havia a necessidade de colocar uma empresa que tem a frase dizendo "transporte público em evolução pra você", pois se o transporte já estava evoluído por que trocar por ônibus usados, diferentes e caindo aos pedaços.
Frase: Transporte público em evolução para você (Fonte da imagem: Marquinhos Ddm - Busologia Total)
Os moradores também sabem, que o porque disso, é que essa atitude da prefeitura foi apenas para manter um grande monopólio de corrupção que já acontecia antes da Leblon assumir o lote 2. Com uma unica empresa ligada a Baltazar José de Souza fazendo apenas 1 lote na cidade a corrupção do transporte deixou os lucros da prefeitura pela metade. Depois de risco de falimento da empresa de Baltazar o jeito foi substituir VCM e coloca-la em nome de outro, e para aproveitar tirar a Leblon inventando a historia de invasão do sistema de bilhetagem para remover a empresa que prejudicava a corrupção politica.

As empresas que a prefeitura pois para substituir a Leblon (Estrela de Mauá e Suzantur), não estão no nome de Baltazar, mas ele esta com grandes envolvimentos. Praticamente esta em nome de outro mas que dirige é ele. Um dos fatos que levam a isso é os ônibus da Suzantur virem originalmente de empresas ligadas a Baltazar. As fotos abaixo mostra o os ônibus da Estrela de Mauá como Suzantur:
Mascarello Gran Via 2011 Volvo B270F 6x2 Viação Estrela de Mauá (Fonte das imagens: Marquinhos Ddm)
Mascarello Gran Via 2011 Volvo B270F 6x2 Suzantur (Fonte da imagem: Ônibus e Curtição)
Mascarello Gran Via 2011 Volvo B270F 6x2 Suzantur - com nova cor (Fonte da imagem: Marquinhos Ddm - Busologia Total)
Isso mostra as prováveis (99,99%) ligações com o nome de Baltazar a Suzantur. Mas este é só um dos vários exemplos.

Isso é o mais provável (99,99% também) caso que esta acontecendo em Mauá.


Por: Daniel Santana

domingo, 19 de janeiro de 2014

Chinesa BYD confirma investimentos em US$ 100 milhões para fábrica de ônibus elétricos em São Paulo

Chinesa BYD vai investir US$ 100 milhões em fábrica de ônibus elétricos em São Paulo
Será o maior investimento numa planta fora da China. Unidade deve produzir cerca de 4 mil ônibus por ano.

(Fonte da imagem: Blog Ponto de Ônibus)
ADAMO BAZANI – CBN: Agora é oficial. A fabricante de automóveis chinesa BYD, que tem como um dos sócios o bilionário norte-americano, Warren Buffett, anunciou nesta semana que vai investir US$ 100 milhões para a instalação de uma fábrica de ônibus elétricos puros (movidos com bateria) no Estado de São Paulo.A vice-presidente sênior da BYD, Stella Li, disse que a cidade a ser escolhida ainda depende de negociações com o Governo do Estado e as prefeituras dispostas a receber a unidade.
Mas a expectativa é que seja num município do interior num raio de 150 quilômetros de distância da Capital Paulista.
O interesse da chinesa no mercado de ônibus no Brasil é grande. Será o maior investimento numa unidade fora da China. Ônibus elétricos da empresa já foram testados ou ainda estão em circulação em cidades como Brasília, Salvador e São Paulo.
O plano da BYD no Brasil é comprar uma fábrica já existente e construir uma nova planta.
O lançamento previsto é para agosto deste ano. Entre 2015 e 2016, a empresa pretende chegar a produção de 4 mil ônibus por ano.
Os ônibus vão atender o mercado brasileiro e parte da América Latina.
Em novembro do ano passado, a BYD deu início a produção de ônibus elétricos em uma fábrica inaugurada em Lancaster, na Califórnia. Os investimentos nessas instalações são de US$ 30 milhões na fase inicial, segundo a empresa.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Número de passageiros de ônibus em São Paulo cresce e é o segundo maior da história

Ônibus em São Paulo transportaram 6 milhões de passageiros a mais em 2013 em relação a 2012 de acordo com dados da SPTrans. Faixas e ampliação do Bilhete Único são alguns dos motivos apontados por especialistas.
(Fonte da imagem; Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI – CBN: Mais pessoas usaram ônibus em 2013 de acordo com balanço da SPTrans – São Paulo Transporte, autarquia que gerencia os serviços na Capital Paulista.
Foram 2 bilhões 923 milhões 089 mil e 217 registros de passagens em 2013 contra 2 bilhões 916 milhões 954 mil 960 passageiros de 2012.
Isso representa 6 milhões 134 mil 257 passageiros a mais.
O número de 2013 é o segundo maior da história dos ônibus municipais de São Paulo, ficando abaixo apenas de 2011, quando o número de passageiros chegou a 2 bilhões 940 milhões 894 mil 817 passageiros.
O número de pessoas transportadas por ônibus é semelhante a de outros modais. De acordo com o governo do Estado de São Paulo, no ano passado, Metrô e CPTM atenderam 2 bilhões e 92 milhões de passageiros.
COOPERATIVAS TIVERAM MAIOR CRESCIMENTO:
As cooperativas de transportes na cidade de São Paulo, com os micro-ônibus, chamados de lotação, tiveram o maior crescimento.
No total 1 bilhão 288 milhões 357 mil 225 passageiros transportados em 2013 ante 1 bilhão 269 milhões 890 mil 794. Diferença de mais 18 milhões 446 mil 431 pessoas.
Já as empresas do sistema estrutural tiveram queda no número de passageiros. Em 2012, as empresas transportaram 1 bilhão 647 milhões 064 mil 166 pessoas e em 2013 o número caiu para 1 bilhão 634 milhões 731 mil 992 passagens, diferença de 12 milhões 332 mil 174 pessoas.
A ampliação do uso do Bilhete Único e o aumento dos espaços preferenciais, com as faixas exclusivas, são algumas das explicações dadas por especialistas para o aumento do uso do ônibus, embora não haja uma migração significativa de quem usa carro ou moto para o transporte público.
Em algumas linhas, houve migração de passageiros do metrô que, ao verem que a velocidade dos ônibus aumentou, preferiram os transportes sobre pneus que em alguns trechos são menos lotados e mais confortáveis.
Só as faixas do eixo da Radial Leste que tinham previsão para atender 14 mil passageiros por dia, hoje recebem 40 mil aproximadamente.
A prefeitura de São Paulo estima que em 2014 o número de passageiros dos ônibus se aproxime de 2 bilhões e 400 milhões de pessoas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

Edição: Comil Svelto - Suzantur Mauá

Hoje trazemos uma edição da empresa Suzantur Mauá, que entrou em na cidade de forma emergencial. A empresa possui vários modelos diferentes de varias corres, mas como não possui ônibus da carroceria Comil decidi fazer uma edição:

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Suzantur resolve começar a pintar seus ônibus de branco

A empresa de ônibus contratada emergencialmente por Donisete Braga prefeito de Mauá, que recebe muitas reclamações dos usuários em geral, resolveu começar a pintar seus ônibus de branco para padronizar a frota, isso porque todos os ônibus são usados de varias outras cidades.
(Fonte da imagem: Ismael Toledo Junior - Ônibus Brasil)
Na real, isto é apenas um mero disfarce visual para não demonstrar as desregularidade da frota da empresa, os ônibus ainda não são padronizados a cidade, os ônibus tem 4 portas 2 de cada lado o que é totalmente desnecessário, não são adaptados para deficientes dificultando os passageiros com necessidades especiais.

O modelo acima era da falida Oak Tree da grande São Paulo, que tinha as cores originais da cidade quando chegou em Mauá. Na foto abaixo é possível observar os brasões da cidade de São Paulo e da cidade de Mauá lado a lado:
(Fonte das imagens: Marquinhos Ddm - Busologia Total)
Fonte: Propriá

Por: Daniel Santana

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Portadores de necessidades especiais sofrem com Suzantur em Mauá

Portadores de necessidades especiais em Mauá, na Grande São Paulo, se dizem prejudicados com as operações da Suzantur, empresa contratada sem licitação pelo prefeito Donisete Braga. Ônibus sem equipamentos de acessibilidade e com funcionários despreparados: passageiros perderam consultas, sessões de fisioterapia e de outros tratamentos.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI – CBN: A colocação da empresa de ônibus Suzantur no município de Mauá, na Grande São Paulo, pela prefeitura tem causado problemas na locomoção das pessoas na cidade, principalmente para quem é portador de necessidades especiais.

Quem afirma são os próprios passageiros que dependem das linhas do lote 02 da cidade, onde operava a Leblon Transporte de Passageiros, retirada por uma decisão da prefeitura. A Leblon tenta reverter na justiça o ato do prefeito Donisete Braga e do secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira.
“Tem sido horrível usar os ônibus da Suzantur. Eles não têm elevadores ou rampas. Quando têm, não funcionam ou estão do lado errado. (alguns ônibus têm porta à esquerda)” – disse Rosilene de Souza Santos, presidente da Aponem- Associação dos Portadores de Necessidades Especiais e Mães, entidade que busca a inclusão de pessoas com deficiência, com sede no Jardim Luzitano, periferia de Mauá.
São vários os relatos de pessoas que perderam sessões de fisioterapia e de outros tratamentos de saúde por causa da falta de acessibilidade dos ônibus da Suzantur.
“Preciso fazer fisioterapia no centro de Mauá. Os ônibus da Suzantur não possuem elevadores ou qualquer equipamento. Já perdi quatro sessões de fisioterapia que são essenciais para minha saúde” – relatou Vanildo de Lira, que depende de cadeira de rodas, e mora no Jardim Luzitano.
Não é somente a falta de ônibus adequados da Suzantur que tem prejudicado os portadores de necessidades especiais em Mauá. Os passageiros reclamam do atendimento dos funcionários da empresa e do despreparo para manusear os poucos equipamentos que podem permitir acessibilidade.
Maria da Silva Sobral mora no Jardim Zaíra V e disse que se sente presa em casa e evita usar os ônibus da empresa colocada pelo prefeito de Mauá, Donisete Braga, Suzantur.
“Quando a Leblon operava era muito melhor. Os ônibus passavam no horário, todos tinham elevadores e os motoristas eram educados. Os motoristas e cobradores da Suzantur não sabem atender o deficiente” – reclamou.
Dolores Silva de Carvalho, que mora na região do Jardim Hélida, também reclama da falta de preparo dos motoristas.
Ela tem como opção usar os ônibus da Viação Cidade de Mauá, outra empresa do município, mas se queixa da falta de educação dos funcionários.
“Quando os ônibus têm elevadores, são mal conservados, todos quebrados. Os motoristas não param e não nos ajudam. Viação Cidade de Mauá e Suzantur são complicadas. A única empresa que atendia melhor o deficiente que era a Leblon, o prefeito tirou” – disse indignada.
Mauá não é uma cidade acessível e está na contramão de todas as políticas de inclusão. O portador de deficiência não deve somente ir de casa para o hospital, mas ter uma vida normal: trabalhar, estudar, passear e se divertir.
Quem opina e sente as dificuldades disso na pele é Clauber Henrique de Souza que há cinco anos precisa usar cadeira de rodas. Ele pratica esportes e tenta ter acesso aos direitos básicos de qualquer cidadão, mas confessa que é difícil.
“É uma batalha todo o dia. Além de os ônibus não terem equipamentos, a cidade não oferece condições para o portador de necessidade especial. Não é só em Mauá, o deficiente não é bem atendido de uma maneira geral, mas aqui na cidade, o terminal de ônibus não tem a menor condição para receber quem possui deficiência” – conta Cláuber que faz aulas de judô em Santo André. Ele mora no Parque São Vicente, outro bairro de Mauá, e prefere se deslocar com a cadeira de rodas nas ruas e calçadas esburacadas de Mauá para o Capuava, também na cidade, para se livrar do terminal central da cidade e da falta de condição dos atuais ônibus que prestam serviços no município.
A condição do asfalto e do calçamento em Mauá é considerado um problema crônico pelos moradores da cidade.
Em 2012, a empresa Scamatti & Seller Infraestrutura recebeu R$ 22 milhões para o recapeamento de 60 quilômetros de ruas e avenidas em Mauá, mas os problemas voltaram inclusive nas vias onde houve intervenções.
Além da falta de condições dos ônibus, principalmente da Suzantur, a população se queixa da falta de transporte especial.
A mãe de Cláuber, Iraci Alves de Sousa, diz que o serviço de atendimento especial contratato pela prefeitura de Mauá é falho.
“Não tem van adaptada. É perua comum e os motoristas não ajudam sequer colocar as pessoas com cadeira de rodas (dentro do veículo). Vou entrar em juízo contra isso” – disse.
Os maus serviços do transporte especial também fizeram com que o morador Josafá Gomes da Silva, perdesse consultas na AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente.
“Além de prejudicar o tratamento, se faltarmos muito nas consultas, perdemos as vagas que são limitadas e temos tanto trabalho para conseguir” – reclama.
Ele disse que ao ver os ônibus da Suzantur nem pensa mais em se deslocar pela cidade.

ASSISTA ÀS ENTREVISTAS:

Empresa que foi retirada de Mauá pela prefeitura, Leblon, tinha ônibus acessíveis segundo os passageiros e fazia treinamentos de motoristas, cobradores e fiscais para o atendimento a pessoas portadoras de deficiências físicas e visuais. Funcionários, em um dos treinamentos, sentiam as dificuldades nos transportes por quem possui mobilidade reduzida.
(Fonte da imagem: Diego Vieira - Adamo Bazani)
CONTRATAÇÃO DA SUZANTUR MARCADA POR DÚVIDAS E SUSPEITAS:

Os poucos ônibus da Suzantur com acessibilidade têm rampas em portas inoperantes, do lado esquerdo, que não são adequadas aos padrões de Mauá. Parte da frota é usada de São Paulo e de empresários que tiveram relações com Baltazar José de Sousa, que monopolizou os serviços por mais de 30 anos. Despreparo de motoristas e quebras constantes dos ônibus são outras queixas por parte da população em relação à empresa contratada pelo prefeito Donisete Braga.
(Fonte da imagem: Daniel Santana - Busologia Total)
A Suzantur foi contratada pela administração do prefeito Donisete Braga que descredenciou a Viação Cidade de Mauá e a Leblon Transporte de Passageiros. O prefeito e o secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira, dizem que as duas empresas consultaram sem autorização dados do sistema de bilhetagem eletrônica da cidade. Mas a versão não é consenso nem na prefeitura.
A corregedora-geral do município, Thais de Almeida Miana, em parecer oficial de 27 de junho de 2013, verificou que as consultas ao sistema de bilhetagem foram autorizadas pela prefeitura de Mauá, que deu treinamento às empresas de ônibus para isso. Ela recomendou a realização de uma nova sindicância, como mais elementos técnicos. Mas a recomendação foi ignorada pelo prefeito Donisete Braga e sua equipe.
Usando a tribuna da Câmara Municipal de Mauá, em 3 de dezembro, Rafael Rodrigues, do grupo social “Política Sim, Patifaria Não” mostrou documentos que levantam a suspeita de que a entrada da Suzantur seria uma manobra para o restabelecimento de forma velada do monopólio dos transportes em Mauá para o grupo de empresários ligados a Baltazar José de Sousa, dono da Viação Cidade de Mauá, EAOSA –Empresa Auto Ônibus Santo André, Viação Ribeirão Pires, EUSA – Empresa Urbana Santo André e Viação São Camilo.
A Suzantur, segundo os documentos apresentados na Câmara, teria ligações com controladores do Banco Caruana, que financiou ônibus para Baltazar José de Sousa. Os funcionários de Baltazar tinham um cartão de crédito do Caruana com desconto em folha de pagamento.
Chamada às pressas e sem licitação, a Suzantur opera com ônibus usados que antes circulavam pela empresa Oak Tree, que faliu em São Paulo e ainda mantém as cores e características do Consórcio Sudoeste da Capital Paulista, como portas à esquerda que ficam desativadas em Mauá, e apenas uma porta para embarque e outra para desembarque. A Suzantur também usa micro-ônibus que não servem mais para o sistema de Diadema, também no ABC, que circulavam pela MobiBrasil (outra empresa que foi convidada por Donisete), e ônibus midi (micrão) dispensados do sistema da cidade do Rio de Janeiro.
Também são aproveitados pela Suzantur ônibus usados da Viação Piracicabana do Litoral, empresa pertencente ao fundador da Gol Linhas Aéreas, Constantino Oliveira, líder do chamado grupo dos empresários de ônibus mineiros, do qual Baltazar faz parte. Há também ônibus usados da ETURSA – Empresa de Transportes Urbanos Rodoviários de Santo André, de Ronan Maria Pinto. Ronan é dono do jornal local Diário do Grande ABC, foi sócio e é parente de Baltazar.
A Suzantur também opera com alguns ônibus que circularam pela Viação Estrela de Mauá. A Viação Estrela de Mauá foi fundada por Baltazar José de Sousa para disputar contra a Leblon a licitação dos transportes, mas perdeu. Até o ano passado, quando a interferência da prefeitura de Mauá não era tão grande nas disputas judiciais entre empresas, a Viação Estrela de Mauá tentava tirar a Leblon de circulação.
Hoje a empresa é de David Barioni Neto que foi executivo de Constantino de Oliveira, do grupo dos mineiros, na Gol Linhas Aéreas.
A Viação Estrela de Mauá ocupou a garagem de Baltazar, chamada Princesinha, no Jardim Zaíra IV. Hoje os ônibus que estão na Suzantur, têm sido transferidos para esta mesma garagem.
A Leblon Transporte pertence a Haroldo Isaak e Ronaldo Isaak, empresários de ônibus que operam em Mandirituba, Fazenda Rio Grande e Curitiba, no Paraná.
A vereadora Sandra Regina Vieira disse que a pressa da prefeitura em contratar a Suzantur chamou atenção.
“Foi de forma muito abrupta. Enviamos requerimentos pedindo esclarecimentos. Não houve diálogo por parte da prefeitura antes destas mudanças. Fomos pegos de surpresa. Você pode verificar aqui mesmo que a população aprova o serviço da Leblon. Por que tirou? Ainda há muitas dúvidas” – comentou a vereadora.
RESPOSTA:
Em nota à reportagem, a prefeitura de Mauá reconhece os problemas da Suzantur e diz que a empresa ainda está treinando os funcionários, apesar de ter sido chamada em outubro.
“A Suzantur está operando com 85 ônibus na cidade. Desses, 40 veículos não possuem elevador. A Suzantur informa que já comprou elevadores para instalar nos ônibus, e esse processo de adaptação deve estar concluído em cerca de 30 dias. Sobre o despreparo dos profissionais, a empresa está realizando treinamento para corrigir eventuais falhas no atendimento a portadores de necessidades especiais. Lembramos que a Suzantur circula em Mauá com contrato emergencial.” – de acordo com a íntegra da nota.
A prefeitura disse que quer fazer uma licitação nos transportes.
O certame foi anunciado para dezembro, depois janeiro e agora não tem data para ocorrer.
O executivo quer criar uma gerenciadora do sistema chamada Mauá-Trans.
“O portador de necessidade especial não pode ficar todo este tempo esperando. Ele precisa ter uma vida normal, não pode perder consultas, tratamentos e nem o direito de viver, trabalhar, estudar, passear. É muito tempo, fora o que se passou até agora e nada foi feito” – se queixa Rosilene de Souza Santos, presidente da Aponem – Associação dos Portadores de Necessidades Especiais e Mães, de Mauá.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana