quarta-feira, 30 de julho de 2014

Plano de composição da frota de Mauá - SP

Mauá tem planos para o transporte juntamente a nova empresa ganhadora da licitação. A pagina do Facebook Mobilidade Mauá preparou ilustrações que mostram esclarecidamente este plano. Confira a seguir:




















Por: Daniel Santana

Ciferal Citmax - Viação Riacho Grande

(Fonte das imagens: Thiago de Souza - Busologia Mauá)
(Fonte da imagem: Tiago Liberato MZIII - Ônibus Brasil)

Autor: EWERTON (GTA DIVISIGN)
Edição: (ƒabrício™) gta modificações brasilRodas: ITACHI3d
REEDIÇÃO PARA VOLKSBUS 15-190 (AKASSIO) -  GTA MANAUS
Pintura: Thiago de Souza
Arquivo: Bus

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terça-feira, 29 de julho de 2014

Governo Federal vai bancar 50% das passagens aéreas e preocupa empresas de ônibus

Governo Federal vai bancar até 50% do valor das passagens aéreas, mas empresas não serão obrigadas a repassar os estímulos para os clientes. Medidas preocupam companhias de ônibus.
(Fonte da imagem: IcepBrasil)
ADAMO BAZANI – CBN: Enquanto o transporte rodoviário de passageiros, (que ainda atende a maior demanda de deslocamento coletivo, às classes com renda mais baixas e presta serviços onde outros modos de transporte não alcançam) ainda pagam a mesma quantidade de impostos que muitos produtos supérfluos e de luxo, o Governo Federal anunciou nesta terça-feira, dia 29 de julho de 2014, as ações práticas do PDAR – Programa de Desenvolvimento de Ação Regional.
As companhias aéreas vão receber verdadeiros “presentes” da equipe da presidente Dilma Rousseff, já que não haverá exigência de contrapartidas.
Através da isenção de tarifas aeroportuárias para passageiros e empresas áreas, o Governo Federal vai bancar 50% do valor das passagens, limitado a 60 assentos em cada trecho de conexão de voos com origem ou destino em cidades do interior, mesmo passando por capitais ou aeroportos de grande movimento.
EMPRESAS AÉREAS NÃO SÃO OBRIGADAS A REPASSAR BENEFÍCIOS PARA OS PASSAGEIROS:
Apesar do grande estímulo que as empresas aéreas vão receber, elas não serão obrigadas a reduzir as tarifas para os passageiros.
Também não haverá nenhum tipo de punição ou restrição caso os passageiros continuem pagando mais e as empresas tendo menores custos.
Na apresentação dos benefícios destinados às companhias, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, disse que acredita no bom senso das empresas e que o mercado vai exigir o repasse dos benefícios ao valor das passagens.
O governo tem como meta atender a 96% da população brasileira com aeroportos a uma distância de 100 quilômetros de uma cidade para a outra.
Em 2015, os estímulos às companhias aéreas vão custar aos cofres públicos federais R$ 1 bilhão, como incentivos iniciais. Os valores podem ser ampliados.
O Governo Federal também vai dispor pelo Fnac – Fundo Nacional da Aviação Civil de R$ 7,2 bilhões para a melhoria da infraestrutura de 270 aeroportos regionais. Os subsídios para metade do valor das passagens também sairão deste fundo.
Em 2013, o Fnac arrecadou R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão da outorga paga pelos concessionários dos aeroportos de Campinas, Guarulhos e Brasília.
Somente com os estudos técnicos para reforma de 26 aeroportos, o Governo Federal já desembolsou R$ 197 milhões.
ÔNIBUS:
Consultados pelo Blog Ponto de Ônibus, diretores de empresas de ônibus, que por enquanto pediram para não ser identificados, sinalizam que o setor vai se movimentar.
“Não queremos que o Governo deixe de incentivar o setor aéreo. O que queremos são condições iguais de competitividade. Apesar de o meu setor não querer admitir explicitamente ainda, essa medida vai sim trazer efeitos nefastos às empresas de ônibus que hoje pagam impostos altíssimos e não contam com infraestrutura adequadas. Hoje eu tenho linhas de ônibus que atolam ainda em estradas de terra. O Governo vai bancar isenção de 50% às empresas aéreas? Então que pelo menos nos deem condições de trabalhar direito, em condições iguais de competitividade e em rodovias e estradas decentes. O resto, a gente se garante” – disse o executivo da empresa interestadual.
“Isso é uma medida eleitoreira de alto custo para a população” – disse outro coordenador de empresa.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

Transporte individual representa 85% dos custos de mobilidade no País, mas só transporta 31% mostra estudo inédito

Transportes coletivos são responsáveis por mais da metade da distância percorrida pelas pessoas em 489 municípios e por atender 29% dos deslocamentos. Mesmo assim, o transporte individual ainda recebe três vezes mais investimentos e provoca custos cada vez maiores para a sociedade.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI – CBN: Que os transportes individuais representam custos para o poder público, empresas e para o cidadão e que as polícias que incentivam essa forma de deslocamento hoje beiram a insanidade não é novidade.

Mas o fato novo é que a disparidade entre os custos e investimentos para os deslocamentos individuais e os coletivos aumentou.
Nesta terça-feira, dia 29 de julho de 2014, a ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos divulgou o mais recente relatório do SIM – Sistema de Mobilidade Urbana da ANTP referentes aos dados de 2012.
O trabalho foi bem extenso e levantou os dados referentes aos sistemas de transportes de cidades com 60 mil habitantes ou mais, o que representa 438 municípios que somam 119 milhões de habitantes – 61% da população brasileira.
De acordo com o levantamento, contanto os próprios deslocamentos e as externalidades (poluição, acidentes de trânsito, uso de estrutura viária, etc), a mobilidade para 61% da população em todo o País custa R$ 205,8 bilhões. Os transportes individuais motorizados consomem R$ 174 milhões, o equivalente a 85% de todos os custos.
Mesmo pesando muito no bolso, os transportes individuais não atendem à maioria da população. De acordo com o levantamento, “as viagens a pé e em bicicleta foram a maioria (25,1 bilhões = 40% do total), seguidas pelo transporte individual motorizado – carros e motocicletas (19,4 bilhões = 31% do total) – e pelo transporte coletivo (18,2 bilhões = 29% do total), sendo que o transporte coletivo é responsável por percorrer 57,2% das distâncias nas viagens habituais. Os carros são usados apenas em 31% das distâncias.
Ainda segundo o estudo, apesar de representar mais custos e atender a minoria, o transporte individual recebe pelo menos três vezes mais recursos que o transporte coletivo ou para a melhoria dos deslocamentos a pé e por bicicleta, como construção de calçadas melhores e ciclovias realmente seguras.
ÔNIBUS REPRESENTAM A GRANDE MAIORIA DOS DESLOCAMENTOS POR TRANSPORTE PÚBLICO:
Enquanto os carros e motos recebem a maior parte dos estímulos diretos e indiretos, são os ônibus os responsáveis pela maior parte dos deslocamentos em transportes públicos.
Os dados mostram a necessidade de o transporte por ônibus receber prioridade e investimentos para que a maioria da população brasileira seja atendida com mais qualidade.
“O relatório informa que do total das viagens realizadas em transporte coletivo (18,2 bilhões) nas cidades brasileiras com mais de 60 mil habitantes, 70% delas aconteceram em ônibus municipais, 17% em ônibus metropolitanos e 13% em trilhos” – diz a ANTP em nota.
TRANSPORTE PÚBLICO AINDA GASTA MAIS TEMPO DAS PESSOAS:
Os estudos ainda mostram outra complicada realidade. Apesar de realizar mais da metade das distâncias em todo o País, o transporte público, ao não receber prioridade no espaço urbano e nas políticas para a mobilidade, faz com que as pessoas percam mais tempo nos ônibus, trens e metrô.
“Nestes deslocamentos os habitantes das cidades que formam o universo da pesquisa (com mais de 60 mil moradores) gastam, por ano, 22,4 bilhões de horas para deslocar-se. A maior parte do tempo é gasta nos veículos de transporte público (49%), seguido pelas viagens a pé (25%). O usuário de transporte coletivo está sujeito, assim, a tempos médios de viagem superiores – gastam mais tempo, portanto, em seus deslocamentos. Conclusão: o transporte coletivo representa 29% do total das viagens, mas consome 49% do total de tempo na mobilidade.” – dia a ANTP
EXTERNALIDADES E CUSTO DE ENERGIA:
Os carros também podem ser considerados os grandes vilões em relação aos impactos ambientais e o consumo de energia para os deslocamentos. Além disso, o transporte individual tem custos de externalidades bem superiores ao transporte público: seis vezes mais em relação a acidentes de trânsito e quatro vezes mais a respeito da poluição, como detalha nota da ANTP:
“Energia. Na questão ambiental tem-se que os automóveis são os grandes vilões no consumo de energia. Por dia as pessoas que usam transporte individual consomem 75% da energia (72% carros e 3% motos), ao passo que os usuários de transporte coletivo consomem apenas 25%. No ano de 2012 os custos individuais da mobilidade são estimados em R$ 184,3 bilhões – desse montante o transporte individual responde por 79%. Já os custos sociais (arcados pelo poder público) são estimados em R$ 10,3 bilhões por ano. De novo o transporte individual é o maior gastador: 77%. Quando se comparam as despesas individuais por habitante, vemos que elas crescem de R$ 2,53 por dia nas cidades menores para R$ 7,20 por dia nos municípios maiores. Ou seja, quase triplica.
Custos das externalidades.Outro dado importante e ao mesmo tempo assustador: o custo total da emissão de poluentes e dos acidentes de trânsito é de R$ 21,5 bilhões por ano: cerca de R$ 6,3 bilhões referem-se à poluição atmosférica e R$ 15,2 bilhões aos acidentes de trânsito. Nestes indicadores mais uma vez se nota o prejuízo à sociedade causado pelo transporte individual (motorizado): o transporte coletivo responde por um gasto de R$ 2,2 bilhões por ano em acidentes de trânsito, enquanto o transporte individual consome mais de 6 vezes este valor: R$ 13 bilhões. No custo da poluição outra relação desfavorável para a maioria dos habitantes: enquanto o transporte coletivo provoca um custo de R$ 2,3 bilhões /ano, o transporte individual responde por quase o dobro, R$ 4 bilhões.”
Sendo assim, não investir em transporte público, além de ser o continuísmo de uma política que não dá valor às vidas, pode ser considerado do ponto de vista econômico e social uma tremenda falta de inteligência por parte daqueles que estão no poder e só pensam de forma imediatista: no voto de uma sociedade apaixonada por carro, apesar de sofrer por causa dele.
O RELATÓRIO COMPLETO VOCÊ CONFERE AQUI:

http://www.antp.org.br/_5dotSystem/userFiles/SIMOB/Rel_2012_V2%20docx.pdf

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

Vídeo: Novo Marcarello Gran Via da Suzantur

Vídeo feito pelo Grupo TRA em parceria ao Mobilidade Mauá mostra o novo ônibus Adquirido pela Suzantur: Mascarello Gran Via 2011 2x6 Volkswagen 17.260 OD EURO V:

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Suzantur Adquire Veículos EX-SP

Segundo informações os veículos são Apache Vip I com o Chassis "Mercedes-Benz OH-1621LE"e ex Via Sul Transportes Urbanos (SP).
(Fonte da imagem: Max Bruno - Grupo TRA)
O que chama mais atenção é o ano dos veículos, que são de 2001, mais velhos do que os ônibus da Viação Cidade de Mauá. São cerca de 10 veículos adicionais na frota, os veículos possuem motorização traseira e tem três portas. Eles vão operar emergencialmente nas linhas:


  • 051 - Capuava
  • 061 - Sônia Maria 
  • 080 - Terminal Zaíra Expresso
  • 101 - Itapark

Fonte: Grupo TRA

Por: Igor Dias

sábado, 26 de julho de 2014

Galeria/Especial: Caio Apache Vip III

O Apache Vip III ou simplesmente VIP III é um modelo de carroceria de ônibus urbano fabricado pela CAIO Induscar desde de 2012. Sofreu pequenas modificações externas em relação ao modelo anterior.

Pode ser montado nos seguintes chassis de motorização dianteira:

Mercedes-Benz:
OF-1721 Euro 5, OF-1724 e OF-1519

Volkswagen:
15.190 OD Euro 5,17.230 OD Euro 5 e 17.260 OD Euro 5

Volvo:
B270Fnota 1

Scania:
F250HB Urbano
Iveco
S170

Ficha Tecnica:

Nomes
alternativos
Vip III
Produção2012 - presente
Fabricante

Carroceria
CAIO Induscar

Urbana
Comprimento9500mm min
13200mm (max)
Largura2500mm
Altura3185 - 3260 (externa)
2065 - 2140 (interna)

Especificações:

  • Anteparos das portas e motoristas em tubos de aço encapsulados em PVC 
  • Iluminação em LED 
  • Itinerário eletrônico 
  • Janelas laterais com vidros temperados e incolores
  • Para-brisa dianteiro bipartido, laminado e incolor
  • Piso em chapa de alumínio lavrado
  • Elevador para deficiente físico
  • Portas de acesso tipo duas folhas, com acionamento pneumático
  • Poltrona do motorista com regulagem longitudinal da altura do assento e reclinação do encosto, com cinto de segurança retrátil de 3 pontos.
  • Poltronas dos passageiros modelo injetada

Opcionais:

  • Ar condicionado
  • Calotas
  • Desembaçador de para-brisa com ar quente e frio
  • Guarda-lama atrás das rodas
  • Instalação para rádio, com alto falante e antena no para-brisa
  • Isolação térmica em isopor
  • Janelas com vidro total fixo colado
  • Puxador para janela, com trava
  • Quebra-sol para motorista, tipo Sanefa

Acessibilidade:

  • Plataforma elevatória

Confira as nossas fotos:

Por Igor Dias:

Por Marquinhos Ddm:

Por Daniel Santana:

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Volvo lança Guia de Mobilidade com ênfase para o BRT

Volvo lança guia de mobilidade e enfatiza vantagens de corredores de ônibus.
(Fonte da imagem: Divulgação)
ADAMO BAZANI – CBN: Proporcionar ir e vir com qualidade, preservação ao meio ambiente e redução de impactos na configuração das cidades é um dos grandes desafios da atualidade.
Não existe uma solução, um modal apenas ou uma fórmula mágica.
São necessárias várias ações em conjunto, respeitando características regionais, dimensões das demandas de passageiros em cada região e até mesmo aspectos culturais relacionados aos deslocamentos das pessoas.
No entanto, não faltam especulações e jogos de interesses na apresentação de muitas medidas que são vendidas como solução.
Como nem os especialistas sabem tudo de transporte, setor que se altera a cada dia de acordo com a mudança das necessidades dos cidadãos, uma alternativa é reunir experiências que mostram que tipo de modal, gerenciamento e operação podem ser mais adequados.
Um trabalho interessante neste sentido é o Guia de Mobilidade do Programa Mobilidade Volvo (PMV) da Volvo.
A empresa fabrica ônibus e oferece soluções para BRT – Bus Rapid Transit, corredores de ônibus modernos.
É claro que muitos podem levantar a questão de que por ser uma fabricante de ônibus, a Volvo apresentaria este modal como uma das principais soluções para os transportes nas cidades.
E é verdade. Mas realmente o BRT é considerado sim uma importante alternativa para a melhoria da mobilidade, sem desprezar os outros modais. E, além disso, não há mal nenhum com base em experiências reais, reunir as vantagens que este meio de transporte oferece.
Em nota, a Volvo explica o trabalho:
“A ideia do guia foi criar um material de referência, de leitura mais fácil que os manuais sobre transporte público. Acreditamos que será útil para autoridades, gestores de transporte, empresas operadoras e profissionais interessados em mobilidade para avaliarem quais as melhores alternativas para um transporte público de qualidade em suas cidades”, afirma Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America.
O conteúdo mostra alguns dos desafios urbanos atuais, e passa pelos conceitos e características dos sistemas de transporte de média e alta capacidade, como metrô e VLT. O material traz um panorama dos sistemas de BRT no mundo e destaca alguns que são referência mundial, apresentando seus benefícios sob a ótica dos passageiros, das cidades, da sociedade e dos operadores. Sugere ainda alguns passos para uma melhor qualificação do transporte público a partir da situação atual.
“O modelo ideal de mobilidade é aquele que responde mais rapidamente às necessidades dos passageiros, consumindo a menor quantidade de recursos, tanto em sua construção quanto em sua operação”, destaca Ayrton Amaral, especialista em mobilidade da Volvo Bus Latin America.
O guia aborda algumas vantagens dos sistemas baseados em ônibus, como a flexibilidade e a facilidade e rapidez em sua implantação. Um BRT pode utilizar, com alguns ajustes, as vias existentes, oferece flexibilidade de rotas e chega mais perto da casa das pessoas.
“É mais natural melhorar o transporte público com sistemas de ônibus de qualidade, como o BRT, do que com sistemas baseados em trilhos. Quando bem planejado, contribui para melhorar o trânsito, reduz o custo por passageiro transportado e torna-se a base para o crescimento sustentável das cidades”, reforça Amaral.
Texto inicial: Adamo Bazani
Texto Final: Assessoria de Imprensa
NA NOTA TAMBÉM A VOLVO MOSTRA ALGUNS EXEMPLOS DE VANTAGENS DO BRT:
(Fonte da imagem: Divulgação)
BRT alia eficiência e baixo custo operacional
O guia Mobilidade Inteligente da Volvo apresenta o BRT (Bus Rapid Transit) como uma solução para construção de sistemas de transporte público eficientes. Criado em Curitiba, na década de 70, o modal está presente em 39 países e 168 cidades. O modelo se consolidou por possuir alta capacidade de transporte e baixo custo operacional.
“Os gestores públicos têm a responsabilidade de implementar sistemas de transporte que atendam as necessidades da população sem exaurir os cofres públicos. O BRT é uma alternativa para esse desafio”, diz Ayrton Amaral, especialista em mobilidade urbana da Volvo Bus Latin America.
O sistema oferece alta capacidade de transporte, velocidades médias maiores e viagens rápidas. Além disso, é uma solução com menor prazo de implementação e requer menos investimentos que outros modelos de transporte.
De acordo com a média de investimentos na construção de projetos no mundo, incluindo o Brasil, com U$ 1 bilhão é possível construir 200 km de BRT, 50 km de VLT (veículo leve sobre trilhos) e 10 km de metrô. O tempo de implantação também é uma vantagem importante para o BRT. Em dois anos pode-se construir uma linha desse sistema, enquanto para construir a mesma linha de metrô seriam necessários 10 anos, e de VLT, cinco anos.
Outro benefício é o custo de operação por passageiro transportado. Em média, um passageiro em sistemas de metrô custa de 10 a 20 vezes mais quando comparado a um de BRT com a mesma demanda. Quando um sistema de transporte com ônibus convencionais é transformado em um BRT, as tarifas mantêm-se acessíveis, sem necessitar de subsídios governamentais, como ocorre nos sistemas baseados em trilhos.
Um ônibus biarticulado, por exemplo, transporta três vezes mais passageiros que um ônibus convencional e 50% que um articulado. Ao colocar um biarticulado no lugar de um convencional, há uma redução na contratação de (motoristas e cobradores) – custo que representa entre 40% e 50% da operação, e de custos variáveis como consumo de combustível e manutenção. “Embora o biarticulado exija maior investimento inicial, consuma mais combustível e tenha mais pneus que um ônibus convencional, a redução da frota na proporção de três para um, reduz o custo da operação e aumenta a produtividade do sistema”, explica Amaral.
Para que seja reconhecido como eficiente pela população, um BRT precisa ser bem projetado. É necessário ter vias segregadas para ônibus, espaço para ultrapassagem, ônibus de alta capacidade de transporte, pagamento antecipado da passagem, embarque em nível, terminais de integração, portas amplas para facilitar o acesso, motoristas bem preparados e informações aos passageiros, além de limpeza, conforto e segurança em todas as paradas e terminais.
Experiência Volvo
A Volvo é pioneira no desenvolvimento de veículos para os sistemas de BRT e líder neste mercado. A empresa participou da implementação dos principais BRTs da América Latina. Na década de 80, forneceu os primeiros articulados para o sistema de transporte de Curitiba. No início dos anos 90 a empresa desenvolveu, no Brasil, o modelo biarticulado para atender o aumento da demanda do sistema de transporte da cidade.
Hoje, os veículos articulados e biarticulados da marca estão presentes no Transmilênio, em Bogotá, na Colômbia, considerado o BRT com maior capacidade de passageiros do mundo. Também no Metrobus de Goiânia, na RIT de Curitiba, no Transantiago de Santiago do Chile, no TransCarioca do Rio de Janeiro, no Move de Belo Horizonte, no BRT de Recife, além da Guatemala, El Salvador, Quito e Guaiaquil no Equador, Cáli, Bucaramanga e Pereira na Colômbia, entre outras.


Por: Daniel Santana

Suzantur oferece R$ 6,2 milhões de outorga em Mauá

Proposta de outorga da Suzantur é de R$ 6,2 milhões. Valor é R$ 1,2 milhão superior ao exigido pelo edital.
(Fonte da imagem: Thiago de Souza - Grupo TRA)
ADAMO BAZANI – CBN: A empresa de ônibus Suzantur, única habilitada pela prefeitura de Mauá a operar sozinha todas as linhas municipais, no modelo de licitação escolhido pelo prefeito Donisete Braga, ofereceu como outorga à cidade para poder prestar serviços R$ 6,2 milhões.
O valor é R$ 1,2 milhão superior ao mínimo exigido no edital: R$ 5 milhões.
A abertura do envelope com a proposta foi feita nesta manhã pela prefeitura
Agora, a comissão de licitação vai analisar as planilhas da empresa e até segunda-feira ela deve ser declarada vencedora oficialmente.
Depois haverá mais cinco dias como prazo para possíveis recursos.
A licitação é polêmica e a Suzantur não teve concorrência nesta fase.
Acompanhe:
A Suzantur, que foi contratada emergencialmente em outubro pela administração Donisete Braga, do PT, está com as mãos na operação de todas as linhas de ônibus de Mauá, na Grande São Paulo.
Devido às incertezas jurídicas de todo o processo de licitação e histórico de quebras de contratos por parte da prefeitura, a concorrência atraiu poucas empresas: Express Transportes Urbanos (que opera na Zona Leste de São Paulo), Princesa Turismo Eireli (de Mato Grosso), Viação Diadema (de Baltazar José de Sousa) e a Transportadora Turística Suzano – a Suzantur, que já tem conhecimento da cidade e realizava investimentos antes mesmo da licitação como compra de ônibus e reformas da garagem Princesinha, de Baltazar José de Sousa, no Jardim Zaíra 4, onde também funcionou a empresa Viação Estrela de Mauá, de Baltazar e depois comprada por David Barioni Neto, ex executivo de Constantino de Oliveira, fundador da Gol e que foi parceiro de negócios de empresários de ônibus do ABC, como o próprio Baltazar José de Sousa e Ronan Maria Pinto, dono de viações na região e do jornal local Diário do Grande ABC.
Diferentemente do que normalmente ocorre em outras licitações, as inabilitadas não recorreram deixando o caminho aberto para que a Suzantur assuma o monopólio dos transportes na cidade.
A Suzantur é de Claudinei Brogliato. Ele foi sócio na empresa de Ângelo Roque Garcia, irmão de José Garcia Netto, o Netinho, do Banco Caruana, que financiou ônibus para Baltazar e Ronan.
Claudinei disse que desde março de 2011, Ângelo não é mais sócio na Suzantur e que não tem relações com Baltazar, a não ser pelo aluguel da garagem Princesinha.
Ônibus que eram da Estrela de Mauá, que tentou operar no lote 02 junto com a Leblon Transporte, são usados pela Suzantur e financiados pelo Caruana.
A Suzantur vai assumir o monopólio dos transportes de Mauá. Diferentemente do discurso do prefeito Donisete Braga e do ex secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira, que hoje se candidata a deputado estadual, a cidade só vai ter um lote para o transporte.
Quando a Estrela operou no lote 02, Donisete disse que Mauá deveria ter 3 ou 4 empresas. Na audiência na Câmara, o secretário hoje candidato, garantiu dois lotes.
A entrada da Leblon Transporte de Passageiros em 2010 quebrou o monopólio que era de Baltazar José de Sousa.
A empresa e a Viação Cidade de Mauá, de Baltazar, foram descredenciadas por supostas consultas não permitidas pela prefeitura de Mauá ao sistema de bilhetagem.
Mas a sindicância que apontou para estes supostos atos não foi consenso nem na prefeitura. Em 27 de junho de 2013, a procuradora do município Thaís de Almeida Miana sugeriu uma nova sindicância mais técnica e menos testemunhal e acatou as argumentações da Leblon de que as consultas foram autorizadas, com treinamento da própria prefeitura.
Donisete Braga e Paulo Eugênio Pereira ignoraram a recomendação.
O descredenciamento das empresas foi apontado como manobra para que o monopólio nos transportes fosse retomado.
A prefeitura negava, mas agora diz que o modelo de um lote só é interessante para economicidade pelo valor da outorga. O paço nega privilégios a empresas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transporte.


Por: Daniel Santana