domingo, 31 de agosto de 2014

MPE e USP iniciam estudos para priorizar ciclistas, pedestres e ônibus na Cidade Universitária

O Campus da USP, que poderia ser um espaço de convivência entre pessoas em diferentes modais, acabou virando um local que oferece riscos a pedestres e ciclistas, além de registrar grandes congestionamentos. UPS e MPE anunciam estudos para melhorar mobilidade, segurança, com prioridade para ônibus e transportes não motorizados.
(Fonte da imagem: Espaço USP)
ADAMO BAZANI – CBN: Mobilidade e segurança no trânsito sempre foram temas que despertaram preocupação entre os frequentadores eventuais e alunos e professores da USP.
As discussões ganharam mais força após a morte do idoso Álvaro Teno, de 67 anos, no último dia 16, atropelado por um carro dirigido por um motorista embriagado. Álvaro praticava corrida no Campus.
O Ministério Público Estadual e a reitoria da USP realizaram uma reunião nesta quinta-feira, dia 28 de agosto de 2014.
Os órgãos se comprometeram a intensificar os estudos para aumentar a segurança de pedestres, ciclistas e corredores. Entre as propostas estão bolsões para os carros aos sábados, espaços para bicicletas e prioridade à circulação de ônibus na Cidade Universitária, como explicou o promotor de Habitação e Urbanismo, Maurício Ribeiro Lopes, em entrevista à Rádio CBN e ao Blog Ponto de Ônibus.
“Com exceção dos veículos de pessoas que têm mesmo como destino a USP, como professores e alunos, é necessário limitar a circulação de carros aos finais de semana na Cidade Universitária. Hoje o Campus acaba servindo de passagem para pessoas que querem cortar caminho. A ideia é criar espaços para bicicletas e esportistas separados da circulação de pedestres e carros. Essa limitação de tráfego de veículos não atinge os ônibus, que terão livre acesso aos finais de semana. Transporte público é prioridade. Temos estudos para readequação das vias para melhorar e priorizar a circulação dos ônibus. Os ônibus precisam ter melhor desempenho e velocidade durante a semana também. Faixas para os ônibus estão entre as possibilidades” – disse o promotor Maurício Ribeiro Lopes
Não há prazo para a conclusão dos estudos.
Também está entre os objetivos, a atuação da CET dentro da Cidade Universitária.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Finalmente termina greve em Mauá

Motoristas e cobradores da Viação Cidade de Mauá devem ter as homologações ainda hoje.
(Fonte da imagem: Igor Dias - Busologia Total)
ADAMO BAZANI – CBN: Os serviços de ônibus municipais em Mauá, na Grande São Paulo, começam a circular na tarde desta sexta-feira. A normalização se dá aos poucos.
Motoristas e cobradores da Viação Cidade de Mauá, da EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André e da Viação Ribeirão Pires, estas duas últimas intermunicipais, paralisaram as atividades no início da tarde de ontem, o que pegou muitos passageiros de surpresa.
Os trabalhadores foram demitidos após a prefeitura de Mauá contratar outra empresa de ônibus na cidade, a Suzantur.
Eles dizem que não receberam as verbas rescisórias.
Na manhã desta sexta-feira, houve uma assembleia . Segundo a prefeitura de Mauá, a Viação Cidade de Mauá se comprometeu a pagar 50 homologações ainda nesta sexta-feira e as 79 restantes na segunda-feira (1º/9). Diariamente, utilizam o sistema de transporte coletivo da cidade aproximadamente 100 mil pessoas.
A Suzantur não estava em greve, mas as atividades foram paralisadas também. Temendo represálias, a Suzantur não colocou os ônibus nas ruas.
HISTÓRICO DE CONTRADIÇÕES E IMPASSES:
A situação vivenciada mais uma vez pela população como contexto as mudanças nos transportes realizadas pela administração do prefeito de Mauá, Donisete Braga.
A Viação Cidade de Mauá, do empresário Baltazar José de Sousa, e a Leblon Transporte de Passageiros, da família Isaak, foram descredenciadas por Donisete Braga e pelo então secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira, hoje candidato a depurado estadual, por supostas consultas irregulares ao sistema de bilhetagem eletrônica. A acusação não foi unanimidade nem na prefeitura de Mauá e o caso está na Justiça. Em 27 de junho de 2013, a procuradora do município, Thaís de Almeida Miana, acolheu os argumentos da Leblon de que não houve consulta irregular e recomendou uma nova sindicância, o que foi ignorado por Paulo Eugênio e Donisete Braga.
Apesar de a prefeitura ter descredenciado as duas empresas, só uma delas, a Leblon Transporte de Passageiros, foi retirada de uma só vez do sistema. Para a empresa de Baltazar, o tratamento foi diferente: a empresa começou a ser retirada gradativamente desde dezembro do ano passado, ainda estando com 17 linhas, das 49 existentes em Mauá.
Foi declarada vencedora de uma nova licitação feita pela prefeitura de Mauá a empresa de ônibus Suzantur, de Claudinei Brogliato, que à época do descredenciamento, teve como representantes em negociação com o Sintetra, o sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus do ABC, David Barioni Neto, ex-executivo de Constantino de Oliveira, fundador da Gol Linhas Aéreas, e José Garcia Netto, irmão do dono do Banco Caruana, que financia ônibus para o grupo dos empresários de ônibus mineiros, no qual se enquadra Baltazar José de Sousa.
Na reunião, com a presença de Donisete Braga, segundo documento apresentado por Baltazar ao sindicato, Garcia e Barioni, na condição de representantes da Suzantur, se comprometeram a assumir todos os funcionários das linhas municipais descredenciadas da Viação Cidade de Mauá, o que segundo os trabalhadores, não ocorreu plenamente.
Hoje a Suzantur paga aluguel de uma garagem para o empresário Baltazar José de Sousa e opera, entre outros ônibus, veículos financiados pelo Banco Caruana para a Viação Estrela de Mauá, empresa fundada por Baltazar e depois presidida por David Barioni, que tentou tirar a Leblon das operações até janeiro de 2013, quando a Justiça considerou ilegal a atitude da prefeitura de Mauá de colocar a Estrela de Mauá para operar o mesmo lote da Leblon, cuja família opera nos transportes do Paraná desde 1951, mas que não pertencia ao grupo de empresários do ABC Paulista.
Em janeiro de 2013, Donisete Braga e Paulo Eugênio diziam que o melhor para Mauá era que a cidade tivesse duas ou mais empresas e defenderam a presença da Estrela de Mauá.
Quando a Leblon foi retirada, o discurso mudou. Em audiência pública na Câmara, no dia 12 de fevereiro de 2014, Paulo Eugênio disse aos munícipes que a licitação manteria dois lotes operacionais na cidade, mas dividindo o total de linhas pela metade.
Depois a prefeitura decidiu que uma empresa só operaria o sistema de 49 linhas que transporta 110 mil pessoas por dia.
A alegação para o modelo de monopólio foi que o poder público teria mais retorno financeiro.
Em entrevista ao Blog Ponto de Ônibus, no dia 04 de agosto, Donisete Braga disse estar convencido que este seria o melhor modelo para Mauá:

http://goo.gl/35VX3u

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Igor Dias

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Greve de ônibus em Mauá provoca caos

Mais de 100 mil pessoas foram prejudicadas por outra greve de ônibus após as mudanças nos transportes promovidas pela prefeitura. Paralisação pegou passageiros de surpresa.
Terminal centro totalmente vazio e sem ônibus
Catracas lacradas
A polícia montada já rondava o local
Pessoas se locomovendo a pé por falta de transporte (Fonte das imagens: Marquinhos Ddm - Busologia Total)
ADAMO BAZANI – CBN: Situação muito complicada para os moradores de Mauá, na Grande São Paulo, no início desta noite por causa da greve de motoristas e cobradores de ônibus na cidade.
Como grande parte dos moradores de Mauá precisa trabalhar em São Paulo ou em Santo André, passageiros que chegam pelos trens da CPTM não encontram ônibus municipais e têm grandes dificuldades no retorno para a casa.
O trânsito na cidade está complicado em vias de maior movimento, não há táxis suficientes e já podem ser vistos veículos de lotação e até carros de passeio clandestinos disputando os passageiros que não contam com serviços de ônibus.
Pelo menos 110 mil pessoas estão sendo prejudicadas no horário de pico.
Motoristas e cobradores de ônibus da Viação Cidade de Mauá, que opera 17 das 49 linhas municipais, cruzaram os braços. Ônibus intermunicipais do mesmo grupo empresarial, de Baltazar José de Sousa, também estão sem operar. São veículos da EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André e da Viação Ribeirão Pires.
Os problemas dos transportes em Mauá se agravaram depois de a prefeitura ter descredenciado as duas antigas operadoras por supostas consultas indevidas ao sistema de bilhetagem eletrônica. O descredenciamento não foi unânime dentro da própria prefeitura e é contestado judicialmente.
Das duas empresas descredenciadas, a prefeitura de Mauá só retirou de vez uma delas, a Leblon Transporte de Passageiros, que não fazia parte de grupos empresarias de ônibus do ABC. A companhia pagou todas as rescisões, de acordo com o Sintetra, sindicato dos rodoviários.
Já a Viação Cidade de Mauá, de Baltazar José de Sousa, é retirada aos poucos desde dezembro do ano passado.
Depois da colocação da empresa contratada pelo prefeito Donisete Braga (PT) e pelo ex-secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio (PT), Suzantur, os funcionários da Viação Cidade de Mauá foram demitidos, mas nem todos receberam as verbas de rescisão, o que motiva a greve.
Outra paralisação ocorreu no dia 11 de agosto. A prefeitura intermediou um acordo entre o empresário Baltazar José de Sousa e o Sintetra, mas não houve sucesso, resultando nesta outra greve.
Os passageiros foram pegos de surpresa, já que os serviços foram interrompidos no início da tarde.
Muita gente saía dos trens sem saber o que ocorria com os ônibus de Mauá.
A Suzantur, que foi declarada vencedora pela prefeitura na licitação dos transportes, não está em greve, mas com o fechamento do terminal central e com medo de represálias recolheu todos os ônibus, prejudicando também a população.
Uma reunião entre sindicato e prefeitura tenta ainda nesta noite outro acordo.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

Nova greve de ônibus em Mauá

Motoristas da Viação Cidade de Mauá voltaram a cruzar os braços pelo não pagamento de direitos trabalhistas.
(Fonte da Imagem: Divulgação)
ADAMO BAZANI – CBN: O acordo intermediado pela prefeitura de Mauá, na Grande São Paulo, no último dia 11 de agosto de 2014, quando motoristas e cobradores de ônibus cruzaram os braços na parte da manhã, acabou não dando resultados, e no início da tarde desta quinta-feira, dia 28 de agosto de 2014, a população mauaense volta a enfrentar uma paralisação de ônibus.
Funcionários da Viação Cidade de Mauá cruzaram os braços mais uma vez alegando não ter recebido os pagamentos de direitos trabalhistas e verbas rescisórias, os mesmos motivos que resultaram na greve que durou meio dia em 11 de agosto. O terminal chegou a ser fechado, impedindo a circulação dos ônibus da outra empresa, Suzantur.
Pelo acordo, os pagamentos deveriam ter sido realizados até o dia 15.
Apenas uma parte recebeu os direitos trabalhistas.
Em nota, a prefeitura diz que tenta remediar a situação:
“A Prefeitura de Mauá informa que, neste momento, toda a frota de ônibus do transporte coletivo municipal está paralisada devido a greve de funcionários da Viação Cidade de Mauá. A Administração busca uma solução imediata para regularizar a situação junto ao sindicato da categoria e a empresa em questão.
Esta greve deve-se ao não pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores da Viação Cidade de Mauá por parte da empresa.”
Todo o impasse tem como contexto as mudanças nos transportes realizadas pela administração do prefeito de Mauá, Donisete Braga.
A Viação Cidade de Mauá, do empresário Baltazar José de Sousa, e a Leblon Transporte de Passageiros, da família Isaak, foram descredenciadas por Donisete Braga e pelo então secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira, hoje candidato a depurado estadual, por supostas consultas irregulares ao sistema de bilhetagem eletrônica. A acusação não foi unanimidade nem na prefeitura de Mauá e o caso está na Justiça. Em 27 de junho de 2013, a procuradora do município, Thaís de Almeida Miana, acolheu os argumentos da Leblon de que não houve consulta irregular e recomendou uma nova sindicância, o que foi ignorado por Paulo Eugênio e Donisete Braga.
Apesar de a prefeitura ter descredenciado as duas empresas, só uma delas, a Leblon Transporte de Passageiros, foi retirada de uma só vez do sistema. Para a empresa de Baltazar, o tratamento foi diferente: a empresa começou a ser retirada gradativamente desde dezembro do ano passado, ainda estando com 17 linhas, das 49 existentes em Mauá.
Foi declarada vencedora de uma nova licitação feita pela prefeitura de Mauá a empresa de ônibus Suzantur, de Claudinei Brogliato, que à época do descredenciamento, teve como representantes em negociação com o Sintetra, o sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus do ABC, David Barioni Neto, ex-executivo de Constantino de Oliveira, fundador da Gol Linhas Aéreas, e José Garcia Netto, irmão do dono do Banco Caruana, que financia ônibus para o grupo dos empresários de ônibus mineiros, no qual se enquadra Baltazar José de Sousa.
Na reunião, com a presença de Donisete Braga, segundo documento apresentado por Baltazar ao sindicato, Garcia e Barioni, na condição de representantes da Suzantur, se comprometeram a assumir todos os funcionários das linhas municipais descredenciadas da Viação Cidade de Mauá, o que segundo os trabalhadores, não ocorreu plenamente.
Hoje a Suzantur paga aluguel de uma garagem para o empresário Baltazar José de Sousa e opera, entre outros ônibus, veículos financiados pelo Banco Caruana para a Viação Estrela de Mauá, empresa fundada por Baltazar e depois presidida por David Barioni, que tentou tirar a Leblon das operações até janeiro de 2013, quando a Justiça considerou ilegal a atitude da prefeitura de Mauá de colocar a Estrela de Mauá para operar o mesmo lote da Leblon, cuja família opera nos transportes do Paraná desde 1951, mas que não pertencia ao grupo de empresários do ABC Paulista.
Em janeiro de 2013, Donisete Braga e Paulo Eugênio diziam que o melhor para Mauá era que a cidade tivesse duas ou mais empresas e defenderam a presença da Estrela de Mauá.
Quando a Leblon foi retirada, o discurso mudou. Em audiência pública na Câmara, no dia 12 de fevereiro de 2014, Paulo Eugênio disse aos munícipes que a licitação manteria dois lotes operacionais na cidade, mas dividindo o total de linhas pela metade.
Depois a prefeitura decidiu que uma empresa só operaria o sistema de 49 linhas que transporta 110 mil pessoas por dia.
A alegação para o modelo de monopólio foi que o poder público teria mais retorno financeiro.
Em entrevista ao Blog Ponto de Ônibus, no dia 04 de agosto, Donisete Braga disse estar convencido que este seria o melhor modelo para Mauá:

http://goo.gl/HzqjQ8

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Igor Dias

Polícia investiga motivação de ataque a ônibus da EAOSA, em Mauá

De acordo com testemunhas, ao menos dois homens em motos se aproximaram do ônibus e provocaram o incêndio.
(Fonte da imagem: Divulgação)
ADAMO BAZANI – CBN: A Polícia Civil de São Paulo investiga o que motivou o ataque a um ônibus da EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André, na região do Itapeva, em Mauá, na Grande São Paulo, na tarde desta terça-feira, dia 26 de agosto de 2014.
Até o momento, nenhuma hipótese foi descartada pelos policiais que registraram e vão acompanhar o caso. Pelos relatos das testemunhas, não houve pane mecânica no veículo, mas uma perícia vai verificar as condições do ônibus.
Entre as linhas de investigação estão vandalismo, ação de criminosos e insatisfação por parte de um grupo de funcionários do grupo proprietário da EAOSA, que também controla a VCM – Viação Cidade de Mauá, Baltazar José de Sousa.
A Viação Cidade de Mauá foi descredenciada no final do ano passado pelo prefeito Donisete Braga e o então secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio, por supostas consultas não autorizadas no sistema de bilhetagem eletrônica.
Foi contratada de forma emergencial a Suzantur que agora teve vitória em licitação decretada pela prefeitura de Mauá para operar sozinha todas as 49 linhas de ônibus da cidade, transportando 110 mil passageiros por dia.
No dia 11 de agosto, funcionários da empresa de Baltazar José de Sousa realizaram uma paralisação entre o início da manhã e o início da tarde reclamando das mudanças nos transportes promovidas pela prefeitura e reivindicando o pagamento de verbas rescisórias pelas demissões geradas na Viação Cidade de Mauá após a entrada da Suzantur que se comprometeu a absorver a mão de obra que atuava nas linhas municipais.
Profissionais da empresa dizem que ainda 75 trabalhadores não receberam os direitos e verbas. O Blog Ponto de Ônibus entrou em contato por telefone com a Viação Cidade de Mauá, mas ninguém da diretoria foi encontrado para comentar a situação trabalhista dos funcionários.
Moradora da rua onde ocorreu o ataque, uma dona de casa de 26 anos, que pediu para não ser identificada, disse que a ação foi muito rápida e que só teve tempo de tirar as duas filhas de casa e sair correndo.
Moradores chegaram a quebrar os vidros de carros que estavam estacionados perto do ônibus para retirá-los do local e evitar que as chamas também atingissem os veículos.
O ônibus estava vazio no momento do ataque parado perto da garagem. Ninguém se feriu.
Testemunhas disseram que homens em duas motos se aproximaram do ônibus, queimaram o veículo e fugiram em seguida.
Segundo a polícia, ainda é prematuro apontar as motivações.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Igor Dias

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Santo André vai receber 15 ônibus novos de geração moderna

Santo André vai receber 15 ônibus zero quilômetro de geração moderna. Veículos vão atender a ligação entre Vila Luzita e a região central da cidade. Capacidade de transporte será ampliada com nova frota.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI – CBN: Até a metade do mês de setembro, a cidade de Santo André, no ABC Paulista, vai contar com um lote de 15 ônibus zero quilômetro.Os veículos foram adquiridos pela Expresso Guarará e vão operar inicialmente na linha TR 103, que liga Vila Luzita ao Paço Municipal, na região central da cidade.
Os ônibus são da geração mais moderna do modelo Torino, de fabricação da Marcopolo. Santo André se torna a primeira cidade da região a ter esta geração do modelo de ônibus.
O veículo tem capacidade para 45 passageiros sentados, 44 em pé, além de espaço para cadeira de rodas e para cão-guia acompanhante de pessoas com limitação visual.
Com esta configuração, aumenta a oferta de lugares por veículo em comparação com os ônibus que serão substituídos pelo novo modelo.
A empresa também optou por elevador eletropneumático para o acesso de cadeiras de rodas.
A vantagem deste tipo de equipamento é que ele possui acionamento mais preciso e movimentação mais suave de elevação e desembarque da cadeira de rodas.
Há poltronas únicas, sem divisória, para passageiros com obesidade e outras demarcadas para idosos, gestantes, portadores de deficiência física ou para quem se recupera de procedimentos cirúrgicos.
O corredor também é mais largo que dos modelos antigos, facilitando a movimentação dos passageiros dentro do veículo.
As lanternas, faróis e a iluminação interna contam com lâmpadas de led, que permitem melhor visualização. Há lâmpadas de led inclusive sobre o vidro-vigia traseiro, na parte interna.
Em relação à emissão de poluentes, os novos ônibus da Expresso Guarará seguem as atuais normas de restrição de poluição, com base nos padrões internacionais Euro V. A redução na emissão de óxido de nitrogênio (NOx) é de 63% e de materiais particulados é de 80%.
O chassi é da Mercedes Benz OF 1721 – BlueTec, que possui a tecnologia que permite esta redução de poluição. O motor é dianteiro e a troca de marchas é manual.
Para o motorista, também há itens de conforto, como poltrona mais ergonômica e uma tela no painel sensível ao toque (touchscreen) com várias funções, como acionamento das portas, da iluminação interna, faróis e lanternas, mudança do letreiro do itinerário, entre outros, reduzindo o número dos botões tradicionais.
“Além de garantir mais conforto ao passageiro, quando há uma renovação de frota, aumentamos a confiabilidade do sistema. Os veículos são menos sujeitos a quebras e podemos qualificar os transportes públicos, o que pode fazer com que mais pessoas se interessem em se deslocar por transporte coletivo, ajudando no trânsito e poluição. Nosso foco tem de ser o passageiro, a razão da existência de uma empresa de ônibus” – disse o proprietário da Expresso Guarará, Sebastião Passarelli.
Passarelli, prestes a completar 87 anos de idade, atua há mais de 50 anos nos transportes do ABC Paulista.
Com sua experiência, ele diz que as empresas devem estar em constante processo de modernização, não apenas de frota, mas também na forma de gestão e no atendimento.
“A vinda destes ônibus novos faz parte de um processo de renovação que a Expresso Guarará já vem fazendo. Em breve devem chegar mais ônibus, inclusive renovaremos a frota dos veículos articulados que operamos” – disse Passarelli.
Apesar da situação econômica incerta em relação ao desempenho da economia como um todo, que deve registrar baixo crescimento no PIB – Produto Interno Bruto e de dificuldades enfrentadas pelo setor de transportes, ele diz que a Expresso Guarará continua os investimentos em renovação.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Igor Dias

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Metra lança canal do YouTube e aumenta interatividade com a comunidade

Metra lança canal no YouTube para aumentar a interatividade com os passageiros.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
METRA: Depois da implantação de placas com QR Code nas 110 paradas de ônibus entre São Mateus e Jabaquara, a Metra lançou mais uma novidade tecnológica para o seu público: a Metra TV, um canal de vídeos da empresa na internet.
Exibida pelo site You Tube, a Metra TV traz toda sexta-feira, às 14h, um vídeo inédito com reportagens produzidas pela equipe de comunicação e marketing da empresa sobre temas diversos, de interesse geral e também relacionados ao serviço que a empresa oferece à população. Os vídeos duram, em média, 3 minutos.
O primeiro vídeo foi ao ar no dia 1º de agosto e o assunto de estreia foi o “Corredor Verde”. A repórter Daniela Reis mostrou os cuidados da empresa com o meio ambiente com a plantação de mais de 5 mil Manacás da Serra pelos 33 km do Corredor ABD, por onde os ônibus da empresa circulam.
“Um dos nossos objetivos é mostrar à população tantos outros serviços e benefícios que a Metra oferece à população, mas nem todos têm conhecimento. Além de dar dicas, por exemplo, sobre linhas e itinerários para os passageiros irem a diversos lugares por onde nossos ônibus passam, como shoppings e parques. Um canal de informação”, diz Thiago Terci, da área de comunicação e marketing da empresa.
Assessoria de Imprensa da Metra.

Link para o canal: http://goo.gl/VhP65B


Por: Daniel Santana

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Prefeitura de Mauá assina contrato com Suzantur nesta sexta-feira

Mauá assina contrato com Suzantur. Licitação ocorreu após polêmico descredenciamento de duas empresas de ônibus. Transportes em Mauá são alvos de polêmicas, controversas e trocas de acusações.
(Fonte da imagem: Grupo TRA)
ADAMO BAZANI – CBN: Após diversas dúvidas, trocas de acusações entre empresas de ônibus e poder público e recursos judiciais e administrativos, a prefeitura de Mauá assinou nesta sexta-feira, dia 15 de agosto de 2014, o contrato de operação com a empresa de ônibus Suzantur, que vai atuar sozinha em todas as linhas de ônibus do município.
A companhia, de acordo com o contrato de licitação, terá 120 dias para colocar em circulação 248 ônibus zero quilômetro, todos com acessibilidade para portadores de mobilidade reduzida.
Também participaram da licitação as empresas de ônibus Express Transportes Urbanos Ltda, da zona Leste de São Paulo, a Viação Diadema, de Baltazar José de Sousa, e a Princesa Turismo Eireli, de Mato Grosso.
A prefeitura alegou que as três empresas não apresentaram certidões negativas de débito e tiveram problemas na documentação e desabilitou as companhias na primeira fase da licitação, no dia 14 de julho de 2014.
A Suzantur, que começou a operar em outubro do ano passado, com base num contrato emergencial de 180, que acabou extrapolando este prazo, ofereceu R$ 6,2 milhões como outorga para operar os serviços. O valor é R$ 1,2 milhão acima do mínimo exigido pelo edital: R$ 5 milhões.
MONOPÓLIO:
O sistema de transportes de Mauá volta ao regime de monopólio, que foi quebrado em 2010.
A Suzantur vai operar sozinha as 49 linhas da cidade por 20 anos. O contrato de licitação entrega o sistema à empresa por 10 anos renováveis por mais 10 anos. Por dia, a demanda de passageiros no sistema de Mauá é de 110 mil pessoas.
O prefeito Donisete Braga e o ex-secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira, disseram, na época da disputa judicial contra a empresa Leblon Transporte de Passageiros, do Paraná, que o modelo ideal para a cidade era haver duas ou mais empresas de ônibus. Com isso, de acordo com o discurso na época, haveria concorrência em alguns trajetos, ao menos nas principais vias, e a população poderia identificar as diferenças entre as empresas e cobrar melhorias daquela que não prestasse os serviços de forma adequada.
Mas depois que a Leblon Transporte de Passageiros foi retirada do sistema por um controverso processo de descredenciamento, o discurso mudou.
A prefeitura alega que economicamente para o município é melhor que haja apenas uma operadora.
Em entrevista ao Blog Ponto de Ônibus, o prefeito de Mauá, Donisete Braga, disse que o fato de haver uma empresa apenas operando, não significa que o poder público não terá controle da situação.
“Eu sempre fui e sou contra monopólios. Acredito plenamente neste modelo de mobilidade que Mauá terá a partir desta licitação. O fato de uma empresa operar os transportes não significa que o poder público não terá controle da situação. Pelo contrário, seremos rigorosos e a fiscalização será constante” – prometeu Donisete Braga.
DESCREDENCIAMENTO DE EMPRESAS FOI POLÊMICO:
A licitação ocorreu após um polêmico processo de descredenciamento das duas antigas operadoras – Viação Cidade de Mauá, lote 01, e Leblon Transporte de Passageiros, lote 02.
A administração Donisete Braga acusa as empresas de terem realizado consultas sem autorização aos dados de bilhetagem eletrônica.
As empresas negam e a acusação não foi unanimidade nem na prefeitura. Em 27 de junho de 2013, a corregedora do município, Thaís de Almeida Miana, acatou as provas apresentadas pela Leblon de que não houve invasão ou fraude no sistema. A empresa argumentou que as consultas foram autorizadas pela prefeitura e que o próprio poder público treinou as companhias de ônibus. A corregedora então recomendou a realização de uma sindicância mais técnica e menos testemunhal.
A recomendação não foi seguida por Donisete Braga e nem por Paulo Eugênio que continuaram o processo de descredenciamento das duas empresas.
SEGUE PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO OFICIAL DESTA SEXTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO:

OBJETO: CONCORRÊNCIA do tipo MAIOR OUTORGA, objetivando a CONCESSÃO A TÍTULO ONEROSO PARA EXPLORAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO NO MUNICÍPIO DE MAUÁ.

Após decisão e julgamento dos recursos apresentados, o Sr. Secretário de Mobilidade Urbana, no uso de suas atribuições, resolve HOMOLOGAR o procedimento licitatório na modalidade concorrência pública, ADJUDICANDO o objeto do certame a favor da empresa TRANSPORTADORA TURÍSTICA SUZANO LTDA, com valor de outorga ofertado de R$ 6.200.000,00.

Azor Albuquerque da Silva – Secretário de Mobilidade Urbana

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Opinião: Transporte mauaense e sua qualidade

Opinião Igor Dias: A situação do transporte mauaense se torna uma horrível realidade, pessoas então reclamavam até da boa Leblon que prestava seu serviço na cidade de Mauá com uma ótima qualidade. Hoje os cidadães da cidade vivem em situação critica com a atual empresa Suzantur, que nos causa muitos transtornos e atrasos, e ainda temos que pagar 3,00 reais para andar em um transporte que tem enormes riscos de quebrar no meio da rua.
(Fonte da imagem: Igor Dias)

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Termina greve de ônibus em Mauá

Viação Cidade de Mauá começa a voltar aos serviços. Em reunião entre prefeitura, empresa e sindicato, foi acertado que multas e homologações serão pagas até sexta-feira, dia 15.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI – CBN: A Viação Cidade de Mauá, que opera ainda 17 linhas municipais, volta a começar a circular.
Após reunião entre o Sintetra, sindicato dos rodoviários e a prefeitura, ficou decidido que as homologações e o pagamento das verbas rescisórios de ao menos 185 funcionários da empresa serão realizados até esta sexta-feira, dia 15 de agosto de 2014.
Os funcionários da empresa, pertencente a Baltazar José de Sousa, entraram em greve nas primeiras horas desta segunda-feira, dia 11 de agosto de 2014. A EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André, que atende ligações intermunicipais também foi paralisada pela greve, mas não foi descredenciada pela EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos.
Toda a situação teve como origem a mudança nos transportes feita pelo prefeito Donisete Braga e pelo ex-secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Eugênio Pereira, em outubro do ano passado.
Ambos acusaram a Viação Cidade de Mauá e a Leblon Transporte de Passageiros, que não opera mais na cidade desde 29 de dezembro de 2013, de supostas consultas indevidas ao sistema de bilhetagem eletrônica.
A acusação teve posições contrárias dentro da própria prefeitura. Em 27 de junho de 2013, a procuradora do município, Thaís de Almeida Miana, considerou insuficiente a sindicância e recomendou uma nova sindicância.
Donisete Braga e Paulo Eugênio Pereira não seguiram a recomendação e continuaram o processo de descredenciamento.
Eles prometeram que a cidade teria duas empresas diferentes ou mais na operação dos transportes. Mas depois, através de licitação, adotaram o modelo de monopólio com apenas a Suzantur, empresa que tinha sido contratada emergencialmente, sendo responsável por todas as linhas da cidade.
Os funcionários da Viação Cidade de Mauá reclamam que o empresário Baltazar José de Sousa não pagou as verbas rescisórias dos trabalhadores demitidos por causa da mudança promovida pela administração Donisete Braga.
Segundo o sindicato dos rodoviários, a Leblon pagou as rescisões.
Segue nota da prefeitura de Mauá sobre as negociações da manhã desta segunda-feira:
“A Prefeitura de Mauá informa que na manhã desta segunda-feira (11), em reunião realizada no Paço Municipal, intermediou as negociações entre representantes do Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC, funcionários da empresa Viação Cidade de Mauá – que opera 17 das 49 linhas municipais — e o empresário Baltazar José de Souza. No encontro, o empresário se comprometeu a acertar as verbas rescisórias e completar a homologação dos funcionários demitidos, reivindicação que havia motivado a paralisação. Após a reunião, o sindicato realizou assembleia em que apresentou o acordo, que foi aprovado pelos trabalhadores. Os funcionários voltarão ao trabalho imediatamente, e a circulação dos ônibus deve voltar ao normal nas próximas horas.”
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

Exclusivo: Segundo testemunhas, Suzantur é ameaça em suas operações

Segundo testemunhas, em suas operações emergenciais durante a greve de hoje (11/08/14), Suzantur tem seus ônibus bloqueados durante suas operações e, as vezes, até ameaçados de serem queimados por manifestantes. Não se sabe se esses manifestantes são cidadães ou ex-funcionários das empresas descredenciadas pela prefeitura.
(Fonte da imagem: Ônibus e Curtição)
DANIEL SANTANA - BT: Tudo começa em outubro de 2013 com o descredenciamento feito pela prefeitura nas empresas VCM (Viação Cidade de Mauá) e Leblon Transporte de Passageiros. Isso por supostas invasões no sistema de bilhetagem.

A Leblon afirmou que isso não é verdade, e ainda a própria prefeitura concedeu a entrada no sistema de bilhetagem e ainda treinou funcionários da empresa para fazerem as consultas no sistema.



A postagem acima foi feita pela página oficial do Facebook da Leblon Mauá em 8 de fevereiro deste ano, e mostra um documento assinado pela própria advogada da prefeitura, que declara a autorização que a empresa alega ter tido.

Mesmo assim a empresa continuou a ser descredenciada pelo prefeito Donisete Braga e pelo secretário de mobilidade urbana, à época, Paulo Eugênio Pereira. E depois, mesmo de varias "idas" à justiça, a Leblon resolveu sair de cidade e vender os ônibus a fim de não ter mais prejuízos.

Tudo indica que isso foi uma manobra para restabelecer o monopólio de Baltazar José de Souza que esta a mais de 20 anos sendo o "dono do transporte de Mauá".

O vídeo a seguir cita como é esse ligamento entre Baltazar e a Suzantur:

Já atualmente a Suzantur está ocupando as linhas pertencentes a Viação Cidade de Mauá, aos poucos, já que segundo teorias isso é porque não há nenhuma necessidade de pressa, pois essa empresa já ocupa o monopólio.

Também há o fator de que, a Suzantur ganhou a licitação do transporte de Mauá para operar todas as linhas por 20 anos incorretamente, já que as empresas concorrentes não foram corretamente analisadas, para favorecer a Suzantur.

Mas por que o protesto?

Depois dessa substituição de empresas, a Suzantur teria de contratar todos os funcionários demitidos das empresas descredenciadas, mas isso não ocorre. O motivo poderia ser falta de vagas ou a má qualidade da empresa. Com isso os funcionários estão revoltados e manifestando contra a Suzantur e a prefeitura para surgir um acordo favorável e justo para todos.

Segundo o prefeito isso é uma revolução no trasporte para o município, o novo modelo vai ser exemplar e  vai trazer 100% de qualidade, adaptação para deficientes e ônibus 0Km.

Fonte: Testemunhais - Blog Ponto de Ônibus

Por: Daniel Santana

Greve de ônibus em Mauá. Suzantur volta

Mauá amanhece sem ônibus. Greve ocorre por causa de mudanças da prefeitura nos transportes. Suzantur foi liberada aos poucos.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI – CBN: Aproximadamente 150 mil passageiros de ônibus de Mauá, na Grande São Paulo, amanheceram nesta segunda-feira, dia 11 de agosto de 2014, sem transporte.
Motoristas e cobradores das empresas do Grupo Baltazar José de Sousa, o que inclui as linhas municipais da Viação Cidade de Mauá, e as intermunicipais da EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André, protestam contra as mudanças ocasionadas pela prefeitura de Mauá nos transportes da cidade.
Os funcionários da empresa Suzantur, que opera 32 linhas na cidade, não estão em greve, mas os veículos foram impedidos de sair da garagem no final da madrugada. Os veículos só começaram a sair depois das seis da manhã, aos poucos.
Em nota, a prefeitura de Mauá, diz que negociou com o sindicato:
“A Prefeitura de Mauá informa que conseguiu negociar com o sindicato dos trabalhadores e o acordo prevê que 60% da frota total de ônibus deve sair das garagens. A Administração Municipal vai manter diálogo com a categoria ao longo do dia para que a paralisação seja encerrada e os passageiros deixem de ser prejudicados.”
As 49 linhas que operam na cidade atendem cerca de 100 mil usuários por dia.
A Viação Cidade de Mauá opera 17 linhas municipais. A EAOSA opera 12 linhas intermunicipais. Seis delas são sobrepostas à Viação Ribeirão Pires.
A Viação Cidade de Mauá foi descredenciada do sistema por supostas consultas indevidas ao sistema de bilhetagem eletrônica. O caso ainda é debatido na Justiça.
Os trabalhadores dizem que não receberam as verbas rescisórias da empresa de ônibus e que não foi cumprido o acordo estabelecido com a prefeitura da nova companhia, Suzantur, contratada em caráter emergencial e que teve proposta aceita na nova licitação, absorver todos os funcionários que foram demitidos.
ORIGEM DA CRISE ATUAL NOS TRANSPORTES DE MAUÁ
O processo de descredenciamento da Viação Cidade de Mauá e Leblon Transporte de Passageiros é, no mínimo, polêmico.
A administração Donisete Braga acusa a Viação Cidade de Mauá e a Leblon Transporte de Passageiros de terem realizado supostas consultas aos dados de bilhetagem eletrônica sem conhecimento da prefeitura.
As empresas negam e a acusação não foi consenso na prefeitura.
Em 27 de junho de 2013, a procuradora do município, Thaís de Almeida Miana, assinou recomendação à prefeitura.
Ela aceitou as provas apresentadas pela Leblon Transporte que afirmou não ter havido invasão e que as consultas foram autorizadas e treinadas por técnicos da prefeitura.
A procuradora então recomendou a realização de uma nova sindicância, mais técnica, já que a usada para descredenciar as empresas era baseada mais em testemunhas.
A recomendação não foi seguida pelo prefeito Donisete Braga e pelo secretário de mobilidade urbana, à época, Paulo Eugênio Pereira.
O descredenciamento foi visto por movimentos sociais de Mauá e pelo mercado regional de transportes como uma espécie de manobra para restabelecer o monopólio dos transportes em Mauá, já que o objetivo seria tirar a Leblon, que não fazia parte do grupo de empresários de ônibus do ABC.
O prefeito Donisete Braga negou e disse que o novo modelo que vai ser implantado deve melhorar a mobilidade na cidade, com ampliação da frota que será 100% acessível e zero quilômetro. Veja entrevista em: http://blogpontodeonibus.wordpress.com/2014/08/04/entrevista-donisete-braga-diz-acreditar-plenamente-no-modelo-de-transportes-que-sera-implantado-em-maua/
A proposta da Suzantur de outorga de R$ 6,2 milhões para operar em Mauá todas as linhas por 20 anos foi aceita pela prefeitura. O edital exigia valor mínimo de R$ 5 milhões.
Mas a Princesa Turismo Eireli e Viação Diadema contestaram a postura do poder público. Elas concorreram na licitação.
A prefeitura adiantou que deve negar os recursos.
Então a Princesa Eireli entrou na Justiça questionando o motivo pelo qual a prefeitura não teria analisado adequadamente os recursos, favorecendo a Suzantur.
A 5ª Vara Cível de Mauá acolheu os argumentos da Princesa Eireli. O certame não foi suspenso, mas o juiz Rodrigo Soares pediu explicações à prefeitura de Mauá sobre a postura do poder público na licitação.
Relação: 0583/2014 Teor do ato: Vistos. I) Há alguma relevância na fundamentação, no sentido de que não teria sido analisado recurso administrativo que a impetrante interpôs de sua inabilitação para a etapa seguinte do certame licitatório. Por outro lado, a liminar reclamada não visa a suspender o andamento do certame, mas, apenas, assegurar a eventual eficácia de hipotética concessão futura da segurança, na sentença. Posto isso, e com a ressalva de que a liminar poderá vir a ser revogada por este Juízo, após a vinda das informações a serem requisitadas, concedo a liminar para o fim de, por ora, assegurar a participação da impetrante nas etapas subsequentes da licitação “concorrência pública nº 08/2014″, relativa a prestação de serviços de transporte público nesta Cidade. Oficie-se ao impetrado. O ofício será encaminhado pelo impetrante, ou por meio de seu procurador. II) Requisitem-se informações, a serem prestadas pelo impetrado em dez dias. III) Encaminhe-se uma cópia da inicial à Procuradoria do Município de Mauá, visando a seu eventual interesse em ingressar no feito. IV) Ao final, abra-se vista dos autos ao MP. Int. Advogados(s): Otavio Fernando de Oliveira (OAB 225031/SP)
PREFEITURA DIZ QUE DEPARTAMENTO JURÍDICO ANALISA MANDADO:
Em nota, a Prefeitura de Mauá diz que a ação não suspende a licitação e que o departamento jurídico municipal analisa o mandado de segurança:
“A Prefeitura recebeu o mandado de segurança expedido a pedido da Princesa Turismo, e o documento está sendo analisado pelo departamento jurídico da administração. Esclarecemos, no entanto, que ele não determina a suspensão da licitação, que segue normalmente.”
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

domingo, 10 de agosto de 2014

Dono da Suzantur fala sobre impasse que pode levar à greve de ônibus em Mauá

“Estamos cumprindo todos os acordos” – diz Claudinei Brogliato, dono da Suzantur.
Empresário diz que não são verdadeiras as informações de Baltazar José de Sousa de que a companhia de ônibus assumiu os passivos trabalhistas da Viação Cidade de Mauá. Baltazar vai pedir novo empréstimo no Banco Caruana para os pagamentos.

(Fonte da imagem: Alexsander Cintra de Oliveira)
ADAMO BAZANI – CBN: “O que Baltazar José de Sousa tem declarado são mentiras de quem já perdeu o direito de operar na cidade” – disse no início da noite desta sexta-feira, dia 08 de agosto de 2014, o dono da empresa de ônibus Suzantur, Claudinei Brogliato, com exclusividade ao Blog Ponto de Ônibus.Prestes a ter uma greve de ônibus, a cidade de Mauá, na Grande São Paulo, virou um verdadeiro campo de troca de acusações entre empresas de ônibus e poder público após o processo de mudança nos transportes realizado pela administração Donisete Braga.
Trabalhadores da Viação Cidade de Mauá, operadora de propriedade de Baltazar José de Sousa, ameaçam cruzar os braços na segunda-feira, dia 11 de agosto. O Sintetra, sindicato que representa os motoristas e cobradores do ABC, diz que a empresa Suzantur, contratada pela prefeitura de Mauá, não está assumindo todos os funcionários da Viação Cidade de Mauá, que foi descredenciada do sistema depois de supostas consultas não autorizadas aos dados de bilhetagem eletrônica. A entidade sindical também diz que Baltazar não pagou as verbas rescisórias dos funcionários que foram demitidos após as operações da Suzantur.
“É mentira que assumimos a obrigação de pagar os passivos trabalhistas da Viação Cidade de Mauá. Isso é argumento de quem não quer pagar os trabalhadores. A Leblon (outra empresa que operou na cidade) pagou tudo em dia, não assumimos as dívidas dela e não houve problemas com seus trabalhadores. Por que assumiríamos só as dívidas da Viação Cidade de Mauá? Nosso compromisso foi absorver os funcionários demitidos e que atuaram na Viação Cidade de Mauá. É verdade que não contratamos todos ainda, mas estamos contratando sim” – disse Claudinei Brogliato ao Blog Ponto de Ônibus ao rebater a informação de Baltazar José de Sousa de que, em meados de outubro do ano passado, os representantes da Suzantur,David Barioni Neto e José Garcia Netto, disseram que a companhia também pagaria os débitos trabalhistas da Viação Cidade de Mauá. Participaram deste encontro o ex secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira, e o prefeito Donisete Braga.
Claudinei Brogliato também afirmou que existem funcionários de outras empresas de Baltazar que estão sendo mandados embora e encaminhados para a Suzantur.
“Nosso compromisso foi assumir os postos de trabalho de quem trabalhava nas linhas municipais, as quais a Viação Cidade de Mauá operava. Tá vindo funcionário da EAOSA, da Ribeirão (Pires) e de outras que são do Baltazar, mas que fazem linhas intermunicipais. Para agilizar a contratação, estamos até admitindo alguns funcionários que nem ainda tiveram homologada a baixa na Viação Cidade (de Mauá) ” – disse Claudinei.
Ele também afirmou que desde fevereiro, David Barioni Neto não atua mais na Suzantur.
David Barioni Neto, ex executivo de Constantino de Oliveira, na Gol Linhas Aéreas, em 2012 assumiu a Viação Estrela de Mauá, criada por Baltazar José de Sousa, para participar da licitação de 2008. A Viação Estrela de Mauá queria retirar a Leblon Transporte de Passageiros do lote 02 da cidade. A Leblon é da família Isaak, do Paraná, que não possui relações com empresários de ônibus do ABC Paulista.
Já quanto a José Garcia Netto, irmão de Ângelo Roque Garcia, dono do Banco Caruana de financiamentos para empresas de ônibus, Claudinei disse quem mantém contatos por causa da instituição bancária e que é “legítimo uma empresa que está prestes a comprar frota nova, buscar diversas fontes de recursos para financiamento”
BALTAZAR VAI PEDIR EMPRESTADO DINHEIRO DO CARUANA:
E é justamente do Banco Caruana que devem vir os recursos que podem evitar uma eventual greve.
O empresário Baltazar José de Sousa vai tentar um empréstimo de R$ 2,8 milhões do banco de Garcia para pagar as dívidas trabalhistas, mas depois deve contestar o valor junto à prefeitura e à Suzantur.
Baltazar já é cliente do Banco Caruana que tem forte atuação junto a empresas de diversas cidades do País, como em Mauá.
Na cidade de Mauá, o banco somente não financiou ônibus para a Leblon, que possui crédito junto aos bancos das encarroçadoras e montadoras.
O Caruana financiou ônibus para Baltazar, para a Viação Estrela de Mauá e agora também para a Suzantur.
RECURSOS NEGADOS:
Enquanto há impasses entre empresas, a prefeitura segue no credenciamento da Suzantur como vencedora da licitação atual dos transportes na cidade.
No Diário Oficial de Mauá desta sexta-feira, dia 08 de agosto de 2014, a Comissão Permanente de Licitação negou os recursos administrativos da Viação Diadema e da Princesa Turismo Eireli. Ambas, que participaram do certame, dizem que a Suzantur não teria condições de cumprir a idade da frota exigida no edital quando chegasse o ano de 2020 e que a empresa não apresentou comprovação de viabilidade econômico-financeira. O contrato de licitação que deve ser assinado nos próximos dias é de 20 anos: 10 anos prorrogáveis por mais 10 anos.
Eduardo Monteiro Pacheco – presidente da Comissão de Licitação, acolheu os argumentos da Suzantur contra os recursos.
O caso agora parou na Justiça.
A Princesa Eireli entrou na Justiça questionando o motivo pelo qual a prefeitura não teria analisado adequadamente os recursos, favorecendo a Suzantur.
A 5ª Vara Cível de Mauá acolheu os argumentos da Princesa Eireli. O certame não foi suspenso, mas o juiz Rodrigo Soares pediu explicações à prefeitura de Mauá sobre a postura do poder público na licitação.
DESCREDENCIAMENTO DE LEBLON E VIAÇÃO CIDADE DE MAUÁ AINDA GERA DÚVIDAS:
O processo de descredenciamento da Viação Cidade de Mauá e Leblon Transporte de Passageiros é, no mínimo, polêmico.
A administração Donisete Braga acusa a Viação Cidade de Mauá e a Leblon Transporte de Passageiros de terem realizado supostas consultas aos dados de bilhetagem eletrônica sem conhecimento da prefeitura.
As empresas negam e a acusação não foi consenso na prefeitura.
Em 27 de junho de 2013, a procuradora do município, Thaís de Almeida Miana, assinou recomendação à prefeitura.
Ela aceitou as provas apresentadas pela Leblon Transporte que afirmou não ter havido invasão e que as consultas foram autorizadas e treinadas por técnicos da prefeitura.
A procuradora então recomendou a realização de uma nova sindicância, mais técnica, já que a usada para descredenciar as empresas era baseada mais em testemunhas.
A recomendação não foi seguida pelo prefeito Donisete Braga e pelo secretário de mobilidade urbana, à época, Paulo Eugênio Pereira.
O descredenciamento foi visto por movimentos sociais de Mauá e pelo mercado regional de transportes como uma espécie de manobra para restabelecer o monopólio dos transportes em Mauá, já que o objetivo seria tirar a Leblon, que não fazia parte do grupo de empresários de ônibus do ABC.
O prefeito Donisete Braga negou e disse que o novo modelo que vai ser implantado deve melhorar a mobilidade na cidade, com ampliação da frota que será 100% acessível e zero quilômetro.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Igor Dias

sábado, 9 de agosto de 2014

Justiça pede explicações à Prefeitura de Mauá sobre licitação dos transportes

Justiça pede explicações da prefeitura de Mauá sobre licitação. Princesa Eireli afirma que não teve o recurso analisado adequadamente contra a proposta da Suzantur aprovada pela Prefeitura.
(Fonte da imagem: Thiago de Souza - Grupo TRA)
ADAMO BAZANI – CBN: A licitação dos transportes em Mauá, na Grande São Paulo, ganha mais um capítulo.
O juiz Rodrigo Soares, da 5ª Vara Cível de Mauá, atendeu pedido da empresa de ônibus Princesa Turismo Eireli e determinou que a prefeitura de Mauá explique o processo de licitação da cidade.
A companhia de ônibus alega que o recurso administrativo contra o resultado da licitação não foi analisado adequadamente pelo poder público.
A prefeitura de Mauá aprovou a proposta da empresa Suzantur, que já opera no município em caráter emergencial desde outubro num contrato de 180 dias.
A Suzantur ofereceu outorga de R$ 6,2 milhões. O edital exigia R$ 5 milhões.
De acordo com a Princesa Eireli, a licitação não poderia ter este resultado porque a Suzantur não comprovou viabilidade econômica-financeira e não conseguiria provar que em 2020 cumpriria a idade média exigida pela frota.
Segue decisão, em caráter liminar:
Relação: 0583/2014 Teor do ato: Vistos. I) Há alguma relevância na fundamentação, no sentido de que não teria sido analisado recurso administrativo que a impetrante interpôs de sua inabilitação para a etapa seguinte do certame licitatório. Por outro lado, a liminar reclamada não visa a suspender o andamento do certame, mas, apenas, assegurar a eventual eficácia de hipotética concessão futura da segurança, na sentença. Posto isso, e com a ressalva de que a liminar poderá vir a ser revogada por este Juízo, após a vinda das informações a serem requisitadas, concedo a liminar para o fim de, por ora, assegurar a participação da impetrante nas etapas subsequentes da licitação “concorrência pública nº 08/2014″, relativa a prestação de serviços de transporte público nesta Cidade. Oficie-se ao impetrado. O ofício será encaminhado pelo impetrante, ou por meio de seu procurador. II) Requisitem-se informações, a serem prestadas pelo impetrado em dez dias. III) Encaminhe-se uma cópia da inicial à Procuradoria do Município de Mauá, visando a seu eventual interesse em ingressar no feito. IV) Ao final, abra-se vista dos autos ao MP. Int. Advogados(s): Otavio Fernando de Oliveira (OAB 225031/SP)
PREFEITURA DIZ QUE DEPARTAMENTO JURÍDICO ANALISA MANDADO:
Em nota, a Prefeitura de Mauá diz que a ação não suspende a licitação e que o departamento jurídico municipal analisa o mandado de segurança:
“A Prefeitura recebeu o mandado de segurança expedido a pedido da Princesa Turismo, e o documento está sendo analisado pelo departamento jurídico da administração. Esclarecemos, no entanto, que ele não determina a suspensão da licitação, que segue normalmente.”
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

Desempenho de urbanos puxa para baixo indústria de ônibus

Indústria de ônibus amarga queda de produção de 12,8% no acumulado do ano. Baixa foi puxada pelo segmento de veículos urbanos que teve o pior desempenho.
(Fonte da imagem: Adamo Bazani)
ADAMO BAZANI – CBN: A produção de ônibus no Brasil continua amargando perdas neste ano.
Entre janeiro e julho, a queda foi de 12,8% em relação ao mesmo período de 2013. No intervalo anterior, de janeiro a junho, a queda tinha sido de 11,1%.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, dia 06 de agosto de 2014, pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Entre janeiro e julho deste ano, a indústria de ônibus produziu, segundo a Anfavea, 22 mil e 65 chassis ou conjuntos inteiros. Nos sete primeiros meses do ano passado, a produção foi de 25 mil 311 unidades.
Em relação aos segmentos, a maior queda ocorre na produção de ônibus urbanos: 13% de retração.
Entre janeiro e julho foram produzidos 18 mil 457 urbanos. Neste período de 2013, a produção de ônibus urbanos alcançou 21 mil 203 unidades.
Já o segmento de ônibus rodoviários teve queda acumulada nos sete meses de 12,2%. Foram no período deste ano produzidos 3 mil 608 ônibus rodoviários e no intervalo de sete meses de 2013, foram feitos 4 mil 108 chassis para esta configuração.
Entre junho e julho deste ano, a produção de ônibus mostra que a indústria vem se recuperando. A alta foi de 12,9%. Em junho, a indústria brasileira fabricou 2 mil 537 e em julho, 2 mil 864 veículos.
A maior alta na comparação entre os meses foi no segmento de rodoviários: 25,7%, com 596 unidades feitas em julho ante 474 em julho. A produção de ônibus urbanos entre junho e julho teve alta de 9,9% com 2 mil 268 veículos ante 2 mil e 63.
Na comparação entre julho deste ano e julho do ano passado, os segmentos se comportam de maneira bem diferente.
A queda de todo o setor de ônibus entre os meses de julho foi de 22,9%.
O segmento de urbanos amargou queda neste comparativo de 29,2%, com 3 mil 203 unidades em julho de 2013 e 2 mil 268 em julho deste ano.
Já a produção de ônibus rodoviários na comparação entre julho ano passado e julho deste ano teve aumento de 16,4%. Em julho de 2013, a indústria produziu 512 rodoviários e em julho de 2014 foram 596 ônibus deste tipo.
Os números gerais da indústria de ônibus estão negativos no acumulado porque o segmento urbano, que registrou queda expressiva, representa a maior parte da produção em unidades.
Essa diferença de desempenho entre urbanos e rodoviários revela que o impacto dos atrasos das obras de mobilidade urbana no país, grande parte dos sistemas prometidos até a Copa do Mundo não foi entregue ainda, e ainda os efeitos dos congelamentos de tarifas tiveram um peso muito maior no setor do que, por exemplo, as incertezas sobre a licitação da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, que readequaria o setor envolvendo quase 2 mil linhas rodoviárias interestaduais e internacionais com extensão superior a 75 quilômetros.
Após uma queda de braço com as empresas desde 2008, o Governo Federal cedeu e desistiu de fazer a licitação que dividiria o sistema de ônibus rodoviários em 16 grupos com 54 lotes.
Agora, as concessões serão por meio de autorizações individuais por linhas, como queriam as empresas.
TODAS AS MONTADORAS DE ÔNIBUS REGISTRAM QUEDA NOS LICENCIAMENTOS:
Em relação aos licenciamentos, de acordo com a Anfavea, o setor de ônibus teve queda de 15,3% no período de janeiro a julho deste ano contra o mesmo intervalo do ano passado. Foram 15 mil 587 ônibus neste ano contra 18 mil 397de 2013.
Segundo a Carta da Anfavea, todas as principais montadoras de ônibus tiveram queda de produção no acumulado.
O ranking em número de licenciamentos o desempenho negativo:
1) MERCEDES-BENZ: 6 mil 714 ônibus – queda de 4,6%
2) VOLKSWAGEN/MAN: 4 mil 162 ônibus – queda de 23,7%
3) AGRALE: 2 mil 822 ônibus – queda de 19,6%
4) VOLVO: 940 ônibus – queda de 13%
5) SCANIA: 539 ônibus – queda de 24,4%
6) IVECO: 385 ônibus – queda de 34,7%
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Os ônibus e seus personagens que ganharam destaque no Livro dos Recordes

Ônibus também são veículos que podem conduzir imaginação e criatividade. Livro dos recordes é recheado de histórias envolvendo os veículos. Carl Fisher, por exemplo, entrou para o Guinnes por ser o motorista de ônibus com mais tempo em atividade. Ele conduziu ônibus escolares nos Estados Unidos desde 1946.
(Fonte da imagem: Google Archive)
TEXTO E PESQUISA DE MARISTELA DUARTE: Diversas façanhas registradas no Guinnes World Records, o livro dos recordes, envolvem ônibus, viajantes e um pouco de loucura humana. Apesar de ser considerados um meio de transporte comum, com alguma imaginação é possível entrar para o hall da fama dos recordes com situações inusitadas em ônibus.
Imagine colocar mais de 200 pessoas em um ônibus comum ou rodar mais de 87 mil quilômetros em um veículo desse tipo? Esses são alguns dos recordes curiosos encontrados oficialmente no livro dos recordes. Confira em detalhes alguns deles:
Na Polônia, 229 pessoas espremeram-se dentro de um ônibus convencional, que andou 75 metros em 57 segundos com a pequena multidão dentro. O fato inusitado ocorreu em 2011.
O motorista de ônibus que permaneceu por mais tempo na profissão foi Carl Fisher, um americano que conduz estudantes em modelos escolares desde 1946; – Veja a história:


John Weston e Richard Steel rodaram mais de um ano em ônibus, perfazendo 87 mil 367 quilômetros e passando por 18 países. O “tour” passou pelas cidades de Londres, Copehanguen, Hamburgo, Milão, Istambul, Dubai, Lahore, Bombay, Singapura, Perth, Sydney, Rio, Santiago, Los Angeles, Chicago, Nova York e Liverpool.
Diversas outras loucuras podem ser feitas em um ônibus, basta utilizar a imaginação, contatar o Guinness para registrar o feito e não se esquecer da segurança de todos envolvidos.
Um caso curioso ocorreu recentemente, durante a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, quando diversos argentinos invadiram o país vizinho e um grupo em particular chamou a atenção.
HERNAMOS NA ESTRADA:
Um grupo de amigos argentinos sonhava em vir ao Brasil ver a Copa do Mundo de 2014. Com voos lotados e preços inflacionados, decidiram fazer a viagem de um jeito diferente. Conseguiram o apoio de uma cervejaria local e resolveram comprar ônibus usado e reformá-lo, para a longa viagem ser mais confortável.
Os 11 amigos passaram um mês e meio rodando diversas cidades brasileiras para acompanhar o Mundial, hospedando-se no próprio ônibus, que foi transformado em um motorhome, com camas, sofás, fogão e geladeira.
Todo o trajeto dos hermanos pode ser conferido neste site


A página conta com depoimentos e vídeos gravados nas cidades em que os amigos se hospedaram.
Maristela Duarte, estudante de Jornalismo – São Paulo/SP, entusiasta do setor de transportes.


Por: Daniel Santana

Mauá prepara integração tarifária com CPTM a partir do próximo dia 30

A partir do fim do mês, depois de utilizar ônibus, será possível ao usuário pagar R$ 0,50 no terminal da cidade para andar de trem. Usuário do transporte público que tiver o Cartão Sim vai pagar R$ 3 em ônibus das linhas municipais e R$ 0,50 no trem.
(Fonte da imagem: Ônibus e Curtição)
RENAN FONSECA - ABCD MAIOR: Os moradores de Mauá serão os primeiros da Região a ter integração tarifária entre os ônibus que circulam na cidade e os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A partir do dia 30 deste mês, quem tiver o Cartão Sim vai pagar R$ 3 em ônibus das linhas municipais e, quando desembarcar na estação central de trens, paga somente R$ 0,50 pela viagem. O mesmo sistema vale para a viagem de volta.

Mais de R$ 2 milhões estão sendo investidos em tecnologia e equipamentos para que aconteça a integração. A expectativa da Prefeitura é que a demanda por transporte público aumente em 20% após o início da novidade. Atualmente, mais de 100 mil pessoas utilizam os ônibus da cidade em direção ao terminal central da CPTM. “Isso é o resultado de uma luta de nossa Administração. Uma das mudanças que estamos executando é aumentar o número de catracas”, explicou o secretário de Mobilidade Urbana, Azor Albuquerque.

A integração puxa ainda outra facilidade para a população. A frota de coletivos será ampliada – dos atuais 210 ônibus, a empresa que atende o sistema de transporte vai colocar nas ruas mais 39. “O plano é fazer com que o usuário fique por menos tempo nos pontos de ônibus. Isso vai contribuir para a celeridade de todo o sistema”, garantiu o secretário.

Estudos - Os primeiros meses de operação da nova bilhetagem eletrônica servirão de base para que a cidade faça estudos para levar a integração para outras duas estações de trens na cidade: Itapark e Guapituba. “Dessa forma, das 49 linhas que passam pelo Centro restarão apenas 20. O trânsito vai fluir melhor e as pessoas vão se interessar mais pelo transporte público, que ficará mais rápido.”

Fonte: ABCD Maior

Por: Daniel Santana

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Greve de ônibus em Mauá é marcada para segunda-feira

Sindicato dos Rodoviários responsabiliza mudança no sistema de transportes pela situação incerta de trabalhadores e maus serviços para a população.
(Fonte da imagem: Ônibus e Curtição)
ADAMO BAZANI – CBN: Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira na sede do Sintetra, que é o sindicato que reúne os motoristas e cobradores do ABC Paulista, os trabalhadores das empresas de Baltazar José de Sousa decidiram que vão entrar em greve a partir da zero hora desta segunda-feira, 11 de agosto de 2014.
A paralisação deve afetar as 17 linhas de ônibus municipais ainda operadas pela VCM – Viação Cidade de Mauá e linhas intermunicipais da EAOSA .
De acordo com o sindicato, a mudança nos transportes na cidade, que consistiu no descredenciamento da VCM e Leblon Transporte de Passageiros por supostas consultas irregulares no sistema de bilhetagem eletrônica, provocou uma queda na qualidade dos serviços para a para os passageiros de Mauá e incertezas aos trabalhadores do setor.
Isso porque, segundo a entidade trabalhista, o que foi prometido pelo prefeito de Mauá, Donisete Braga, e pelo secretário de mobilidade urbana à época, Paulo Eugênio Pereira, não tem sido cumprido.
Uma das promessas seria a contratação pela empresa escolhida pela prefeitura, Suzantur, de todos os funcionários demitidos da Viação Cidade de Mauá e da Leblon.
Uma parte dos trabalhadores da Leblon foi absorvida pela Suzantur e outra preferiu atuar em outras empresas de ônibus. A Leblon, segundo o Sintetra, pagou em dia todos os direitos trabalhistas dos funcionários.
Já de 185 trabalhadores da Viação Cidade de Mauá, pouco mais de 120 foram contratados pela empresa emergencial Suzantur, que após ter proposta aprovada pela prefeitura de Mauá em licitação, vai operar sozinha todas as linhas da cidade.
Além disso, os trabalhadores alegam que os funcionários desligados da Viação Cidade de Mauá não receberam as verbas rescisórias.
Em carta aberta à população, o Sintetra diz que além de os trabalhadores serem prejudicados, a população sofre com as “inúmeras falhas na mudança dos transportes”:
“Nós Trabalhadores Rodoviários (motoristas, cobradores e manutenção), estamos transtornados com a situação do transporte público de Mauá e com a falta de compromisso com os trabalhadores desta categoria. A mudança neste sistema não apenas penaliza a população, como também os funcionários da “Viação Cidade de Mauá”. Em diversas reuniões realizadas entre a prefeitura e o nosso Sindicato, ficou garantido o bem estar dos usuários de transporte coletivo e o emprego e os direitos de todos os trabalhadores envolvidos na situação de mudança, mas istonão aconteceu. A população sofre com as inúmeras falhas das mudanças e os trabalhadores foram demitidos, muitos não foram recolocados em seus postos de trabalho e em grande maioria estão sendo lesados nos direitos trabalhistas. Vejam a situação: a Viação Cidade de Mauá demitiu e não está pagando as verbas rescisórias.”
OUTRO LADO:
A Viação Cidade de Mauá diz, em carta protocolada no Sintetra na quarta-feira, que a Suzantur assumiria os passivos tranalhistas. O acordo ocorreu durante reunião em meados de outubro entre David Barioni Neto e José Garcia Neto, como representante da Suzantur, diretores da VCM, o prefeito Donisete Braga, o secretário de Governo Edilson de Paula, o ex-secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio.
“Em meados de outubro de 2013, a Viação Cidade de Mauá Ltda, então concessionária no Município de Mauá, entabulou com os Srs. José Garcia Neto e David Barioni, representantes da Empresa Suzantur, a transferência das linhas de ônibus para essa empresa. Acordo esse do qual participaram o prefeito, Sr. Donisete Braga e seus Secretários de Governo e de Mobilidade Urbana. Nessa negociação, entabulou-se que à medida que as linhas fossem transferidas à SUZANTUR, o quadro de empregados ligados às linhas repassadas seria demitido para posterior admissão junto à empresa sucessora que o absorveria.A SUZANTUR, ainda, absorveria o fundo de comércio correspondente e cuidaria de pagar os direitos trabalhistas dos empregados demitidos pela Viação Cidade de Mauá Ltda.Ressalto, por ser oportuno, que o acordo acima mencionado, era de conhecimento de todos os diretores do Sindicato”
David Barioni Neto diz que comprou em 11 de julho de 2012 a Viação Estrela de Mauá, que chegou a operar o lote 02 junto com a Leblon e foi retirada por determinação judicial. A Estrela de Mauá foi criada por Baltazar José de Sousa em 19 de abril de 2006 para participar de um processo licitatório em Mauá.
José Garcia Netto é irmão de Ângelo Roque Garcia, dono do Banco Caruana que financia ônibus para diversas empresas de ônibus de todo o País. Entre elas, companhias do grupo de Baltazar e a Estrela de Mauá.
Inclusive, os ônibus que operaram pela Viação Estrela de Mauá e hoje são usados pela Suzantur, como os Mascarello Gran Via Volvo B 270 F, estão alienados ao Banco Caruana.
A prefeitura de Mauá e a Suzantur foram procuradas, mas até o momento não responderam à solicitação da reportagem.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana

Mauá pode ter greve de ônibus

Motoristas e cobradores de Mauá podem entrar em greve na sexta-feira.
(Fonte da imagem: Daniel Santana)
ADAMO BAZANI – CBN: Motoristas e cobradores de ônibus em Mauá, na Grande São Paulo, ameaçam entrar em greve nesta sexta-feira, dia 08 de agosto de 2014.
O motivo, segundo carta de aviso do Sintreta, que é o sindicato que representa os rodoviários no ABC Paulista, é que as empresas de Baltazar José de Sousa não pagaram as verbas rescisórias dos trabalhadores após demissões provocadas pelo início das operações da empresa de ônibus Suzantur, contratada emergencialmente em outubro de 2013 por 180 dias pelo prefeito Donisete Braga e pelo então secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio.
Os trabalhadores atuam nas dezessete linhas de ônibus operadas ainda pela Viação Cidade de Mauá, que foi descredenciada do sistema após supostas consultas não autorizadas aoS dados da bilhetagem eletrônica. Outra empresa, Leblon Transporte de Passageiros, que não opera mais na cidade desde 29 de dezembro de 2013, também é acusada pela administração de Donisete Braga. Ambas empresas negam. A procuradora do município Thaís de Almeida Miana aceitou as provas apresentadas pela Leblon de que não houve invasão ao sistema de bilhetagem eletrônica e em 27 de junho de 2013 recomendou uma nova sindicância. A recomendação não foi seguida por Donisete Braga e nem por Paulo Eugênio.
Não há contestações do sindicato em relação aos pagamentos da Leblon.
Os motoristas do grupo de Baltazar José de Sousa estão registrados na VCM – Viação Cidade de Mauá, EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André, Viação Barão de Mauá e Viação Januária, esta duas últimas operavam em Mauá até 2010. As empresas deixaram de prestar serviços, mas continuaram abertas. Os funcionários da Barão de Mauá e Januária passaram a trabalhar na VCM.
OUTRO LADO:
Em carta resposta ao Sindicato, à qual o Blog Ponto de Ônibus teve acesso, a diretoria da Viação Cidade de Mauá diz que os encargos seriam assumidos pela operadora agora classificada para operar os transportes na cidade por 20 anos, Suzantur.
Participaram do acordo, segundo o documento, representantes da Viação Cidade de Mauá, o secretário de mobilidade urbana da época, Paulo Eugênio, o prefeito Donisete Braga, e José Garcia Neto e David Barioni Neto, ambos na condição de representantes da Suzantur.
Segue a íntegra da carta:
Santo André, 05 de agosto de 2014
Ilmo Sr. Presidente do Sindicato dos Rodoviários e Anexos do ABC – Sintetra:
Prezado Sr:
Em meados de outubro de 2013, a Viação Cidade de Mauá Ltda, então concessionária no Município de Mauá, entabulou com os Srs. José Garcia Neto e David Barioni, representantes da Empresa Suzantur, a transferência das linhas de ônibus para essa empresa. Acordo esse do qual participaram o prefeito, Sr. Donisete Braga e seus Secretários de Governo e de Mobilidade Urbana.
Nessa negociação, entabulou-se que à medida que as linhas fossem transferidas à SUZANTUR, o quadro de empregados ligados às linhas repassadas seria demitido para posterior admissão junto à empresa sucessora que o absorveria.
A SUZANTUR, ainda, absorveria o fundo de comércio correspondente e cuidaria de pagar os direitos trabalhistas dos empregados demitidos pela Viação Cidade de Mauá Ltda.
Ressalto, por ser oportuno, que o acordo acima mencionado, era de conhecimento de todos os diretores do Sindicato”
David Barioni Neto diz que comprou em 11 de julho de 2012 a Viação Estrela de Mauá, que chegou a operar o lote 02 junto com a Leblon e foi retirada por determinação judicial. A Estrela de Mauá foi criada por Baltazar José de Sousa em 19 de abril de 2006 para participar de um processo licitatório em Mauá. Em conversas anteriores com o Blog, ele negou envolvimento com Baltazar e que a Estrela se tornou independente.
O proprietário da Suzantur, Claudinei Brogliato, disse que José Garcia Neto não é mais sócio da empresa desde 2011 e também negou envolvimento com empresários de ônibus da região. Ver matéria em:


Já a carta enviada nesta terça-feira pela diretoria da Viação Cidade de Mauá teve o recebimento protocolado pelo Sintetra e registra que tanto David Barioni Neto e José Garcia Neto representaram a Suzantur em 2013.
José Garcia Netto é irmão de Ângelo Roque Garcia, dono do Banco Caruana que financia ônibus para diversas empresas de ônibus de todo o País. Entre elas, companhias do grupo de Baltazar e a Estrela de Mauá.
Inclusive, os ônibus que operaram pela Viação Estrela de Mauá e hoje são usados pela Suzantur, como os Mascarello Gran Via Volvo B 270 F, estão alienados ao Banco Caruana.
A assembleia que aponta para possibilidade de greve foi realizada pelo Sintetra na segunda-feira, dia 04 de agosto de 2014.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Por: Daniel Santana